“Só saio com a moção de censura”. Albuquerque diz-se pronto para eleições após chumbo do orçamento na Madeira
O Orçamento da Região Autónoma da Madeira para 2025 foi reprovado nesta segunda-feira. Segue-se a votação de uma moção de censura ao Governo na próxima semana.
O Parlamento da Região Autónoma da Madeira chumbou esta segunda-feira o orçamento para 2025 e o plano da região para o próximo ano. Perante a rejeição do documento na especialidade, e com uma moção de censura agendada para 17 de dezembro e que deverá ser aprovada — além do promotor (Chega), também o PS e o Juntos pelo Povo já anunciaram o voto a favor –, a Madeira entrará no novo ano sem um orçamento.
Num quadro parlamentar sem maioria absoluta de um partido, os 21 eleitos pelo PSD e pelo CDS-PP votaram a favor do orçamento, mas tal foi insuficiente perante os 26 deputados do PS, JPP, Chega, IL e PAN. Com uma história marcada por décadas de maioria absoluta do PSD, e os últimos anos de governação social-democrata em coligação ou com apoio, nunca, até hoje, tinha havido um chumbo deste documento no Parlamento regional.
“Só saio do posto com a moção de censura. Neste momento, nós, se for necessário, vamos para eleições, e vamos ganhar as eleições”, reagiu o presidente do Governo Regional, o social-democrata Miguel Albuquerque.
Em declarações aos jornalistas, acrescentou que “isto é tudo uma brincadeira, que põe em causa a vida dos agentes económicos, dos agentes sociais e das famílias, e sobretudo de projetos fundamentais para o futuro”. “Andam a brincar aos partidos”, completou.
Questionado sobre a possibilidade de os partidos da oposição se juntarem para formar governo sem ser necessário ir de novo a eleições na região, Albuquerque afirmou que “a geringonça no quadro parlamentar era a desgraça da Madeira”, assegurando que “eles não conseguem governar nada”.
Por outro lado, o líder social-democrata, reeleito para a cúpula do PSD Madeira em março, garantiu que não haverá eleições no partido. “Nós não vamos fazer eleições. Tivemos eleições em março. [Se houver pedidos dos militantes] temos que analisar à luz dos estatutos”, respondeu.
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