Terminal de Campanhã no Porto vai separar entradas e saídas e terá novo parque de apoio

  • Lusa
  • 12:39

Ainda este ano a empresa vai abrir um parque de apoio ao terminal, no caso o parque de São Roque, "que servirá de apoio para autocarros e também para viaturas ligeiras".

Inauguração do Terminal Intermodal de Campanhã - 20JUL22

O Terminal Intermodal de Campanhã (TIC), no Porto, separará os fluxos de entradas e saídas, ao contrário do que acontece atualmente, e terá um parque de apoio para autocarros e ligeiros em São Roque, divulgou hoje a STCP Serviços.

De acordo com uma nota publicada no seu ‘site’, a gestora da infraestrutura anunciou, a par das medidas implementadas no início do mês, mais duas fases de investimentos no terminal que abriu há três anos, transportou mais de 24,3 milhões de passageiros e gerou aumentos na utilização de outros transportes em 2024 (5% na CP, 13% no Metro do Porto e 23% nos autocarros urbanos).

Ainda em 2025, na segunda fase de investimentos, a empresa prevê a “melhoria de condições no edifício”, incluindo a construção de mais instalações sanitárias (de 13 para 31), a abertura dos tapetes rolantes da passagem inferior pedonal (em agosto) e a “abertura de um parque de apoio ao terminal”, no caso o parque de São Roque, “que servirá de apoio para autocarros e também para viaturas ligeiras”.

“No caso dos autocarros, as operadoras ganharão a possibilidade de ter um local com uma sala de motoristas para descanso e refeições, assim como uma zona de apoio para a realização de limpeza e manutenção das viaturas nos seus tempos de suporte”, refere a STCP Serviços.

Já para os ligeiros, os automobilistas “terão à disposição lugares a um preço mais atrativo do que o existente no edifício do terminal”.

Na terceira fase de investimentos, cuja empreitada deverá ser lançada este ano, esta “implica uma reformulação mais profunda na operação“.

Esta inclui “a reestruturação das entradas e saídas de viaturas no terminal”, em que “todas as entradas (ligeiros e autocarros) passarão a ser feitas a sul e as saídas a norte” (para os ligeiros através de uma nova saída do parque de estacionamento), e “a deslocação da zona de controlo de acesso dos autocarros ao cais, de modo a não impactar a circulação na zona da rotunda do edifício”.

No âmbito da reformulação dos cais de embarque, haverá 18 “com disposição distinta”, mas que já não obrigarão ao atravessamento do terminal, e será reforçada “a área pedonal e zona de espera dos passageiros”, que passa “de 968 m2 [metros quadrados] para 1.612 m2”.

Haverá ainda a “instalação de uma escada rolante de acesso do cais à passagem inferior pedonal” e um reforço da sinalética no interior do edifício.

Em 3 de julho, a STCP Serviços anunciou que a rotunda interior do terminal iria passar a ser exclusivamente BUS e para os utilizadores do parque de estacionamento, que disponibiliza 10 minutos gratuitos para a tomada e largada de passageiros.

Foram também aumentados “os lugares destinados a paragens de curta duração, onde podem parar as viaturas privadas e TVDE para recolha e largada de passageiros”, há agora “mais lugares de estacionamento exclusivo para táxis (até 10 minutos)”, foram instalados “balizadores para impedir o estacionamento abusivo” e foi criada uma “bolsa para paragens no acesso ao recinto escolar na Rua Pinheiro de Campanhã”.

Estas alterações correspondem a uma fase inicial da “adaptação funcional” da qual o terminal será alvo e que foi encomendado no ano passado ao arquiteto do edifício, Nuno Brandão Costa, um projeto nesse sentido por 47,9 mil euros.

“Relativamente à redefinição dos cais de embarque, o objetivo será que a operação ocorra tal como previsto inicialmente, no lado principal, evitando assim o atravessamento dos peões. A altura das plataformas será também revista, indo ao encontro das boas práticas de acessibilidade que este tipo de equipamentos exige”, segundo a empresa.

O presidente da Ordem dos Arquitetos (OA), Avelino Oliveira, já admitiu no ano passado que o TIC “tem uma dimensão de problemáticas muito grande” a nível funcional e operacional, apesar de ser um edifício premiado.

O TIC custou 13,2 milhões de euros, dos quais 8,5 milhões financiados pelo programa de fundos europeus Norte 2020.

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