98,9 milhões para travar efeitos do encerramento da Central Termoelétrica de Sines
Alentejo Litoral vai dispor de cerca de 98,9 milhões para combater efeitos do encerramento da Central Termoelétrica de Sines, no âmbito do Plano Territorial para a Transição Justa.
A Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral (CIMAL) anunciou, esta terça-feira, “um acréscimo da verba que será disponibilizada pelo Plano Territorial para a Transição Justa (PTTJ), que passou de cerca de 74 milhões para 98,9 milhões de euros“, para atenuar as consequências do encerramento da Central Termoelétrica de Sines. A informação foi avançada após uma reunião entre os cinco autarcas dos municípios da CIMAL e a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa.
“Congratulamo-nos com o facto de o Governo ter acedido à nossa exigência de que a verba do Fundo de Transição Justa não seja substituída, mas antes seja acumulada com as restantes verbas que venham a contratualizadas através do Programa Regional Alentejo 2030”, elencou o presidente do Conselho Intermunicipal da CIMAL, Vítor Proença.
Os cinco autarcas ficaram a conhecer “a forma como o Governo propõe operacionalizar o Fundo para a Transição Justa na região, que deverá beneficiar de um investimento de 98,9 milhões de euros“, avança a Vítor Proença, em comunicado.
Estiveram presentes no encontro o líder do Conselho Intermunicipal e presidente do município de Alcácer do Sal, Vítor Proença, assim como os seus homólogos de Grândola, António Figueira Mendes, de Odemira, Hélder Guerreiro, de Santiago do Cacém, Álvaro Bejinha, e de Sines, Nuno Mascarenhas.
A mesma entidade dá conta, na nota, que, “além do Alentejo Litoral, vão beneficiar do FTJ a Comunidade do Médio Tejo, onde se situa outra central a carvão encerrada (Pego), e o concelho de Matosinhos, devido à desativação da refinaria local”.
Segundo a CIMAL, o “PTTJ – Alentejo Litoral destina-se a mitigar o efeito na região das consequências negativas da transição para uma economia com impacto neutro no clima”, nomeadamente o encerramento da Central Termoelétrica de Sines.
Além do Alentejo Litoral, vão beneficiar do FTJ a Comunidade do Médio Tejo, onde se situa outra central a carvão encerrada (Pego), e o concelho de Matosinhos, devido à desativação da refinaria local.
Entre as medidas propostas para a região litoral alentejana está a reintegração profissional dos 550 trabalhadores afetados pelo encerramento da Central de Sines. O líder da comunidade refere ainda a criação de programas de formação e do apoio ao empreendedorismo com vista à criação do próprio emprego.
A CIAL defende, por isso, a criação de “tantos ou mais empregos do que os perdidos devido aos encerramentos, sendo que os novos postos de trabalho não podem estar relacionados com a transformação ou utilização de combustíveis fósseis ou atividades do Comércio Europeu de Licenças de Emissão (CELE)”.
Ainda de acordo com a mesma entidade, o PTTJ pode ainda vir a “apoiar a promoção da mobilidade dos trabalhadores afetados para outros projetos na região“, como é o caso da ligação pendular do itinerário entre Alcácer do Sal e Odemira”.
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