Exportações na região Norte aumentam 45,5% entre 2011 e 2021
A CCDR-Norte revela que as exportações na região Norte aumentaram 45,5% entre 2011 e 2021. Atingiram um “novo máximo de exportações” e um excedente de 3.188 milhões de euros na balança comercial.
As exportações na região Norte aumentaram 45,5%, entre 2011 e 2021, tendo no último ano atingido um “novo máximo de exportações” e um excedente de 3.188 milhões de euros na balança comercial, revela a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-Norte).
Em comunicado, a CDR-Norte dá conta que entre 2011 e 2021, a região Norte “reforçou a sua posição nos mercados internacionais”.
De acordo com o estudo Norte Estrutura, publicado pela CCDR-Norte, durante esse período, “marcado por várias crises internacionais”, as exportações na região aumentaram 45,5%. “O crescimento acentuado de exportações de produtos emergentes marcou um novo máximo de exportações, atingindo em 2021, e o excedente de 3.188 milhões de euros da balança comercial de bens”, lê-se no documento.
O estudo destaca o desempenho das exportações do setor do têxtil e vestuário (4.384 milhões de euros), do setor automóvel (4.252 milhões de euros), do setor das máquinas, aparelhos e material elétrico (2.734 milhões de euros), do setor dos metais comuns (2.433 milhões de euros) e do setor dos produtos florestais (2.244 milhões de euros).
No entanto, os setores com “maior crescimento percentual” referem-se a instrumentos de ótica, fotografia, media, precisão e médico-cirúrgicos, que registaram um crescimento de 610,4%, os plásticos (81,8%), os metais comuns (78,9%), as máquinas, aparelhos e material elétrico (62,9%) e produtos florestais (61%).
Ainda que as exportações na região Norte assentem “numa diversidade de bens de baixa, média e de alta tecnologia”, o estudo destaca o aumento das exportações de bens de média e alta tecnologia que, entre 2011 e 2021, aumentaram de 30,7% para 34,7%. No período em análise, as exportações de alta tecnologia cresceram 91,3%, enquanto as exportações de média tecnologia cresceram 59,9% e as de baixa tecnologia 44,1%.
“O estudo realça ainda a relação positiva entre as indústrias mais sofisticadas e o aumento da produtividade, salários, bem-estar e qualidade de vida”, lê-se no comunicado.
Ao nível do território, as exportações “continuam concentradas” nos locais de maior densidade, indica o estudo, acrescentando que, em 2021, a Área Metropolitana do Porto (AMP) era responsável por mais de metade (50,2%) das exportações da região.
À AMP seguiu-se depois a região do Ave (18,4%), do Cávado (11,9%), do Alto Minho (8,2%) e do Tâmega e Sousa (7,3%), com Trás-os-Montes, Alto Tâmega e Douro a serem responsáveis por 4,1% do total das exportações.
Quanto aos destinos das exportações, o estudo Norte Estrutura dá conta que, ao longo da década em análise, se “mantiveram estáveis”, com Espanha a manter-se o “principal parceiro comercial” em 2021, seguindo-se a França, Alemanha, Estados Unidos da América, Reino Unido, Países Baixos, Itália, Bélgica, Suécia e Angola.
De acordo com o Norte Estrutura, na década em análise, o modelo de crescimento das exportações de bens na região Norte “foi equilibrado e promoveu uma transição económica equitativa, que compatibilizou a dimensão social de salvaguarda de emprego menos qualificado, com uma dimensão competitiva capaz de criar emprego qualificado e promover a especialização tecnológica”.
Por fim, a CCDR-Norte acrescenta que “em termos prospetivos, o estudo afirma a importância das políticas públicas que a Norte definem uma política industrial assente no conhecimento e na tecnologia, e que incentivam a difusão de empresas de média e alta tecnologia”.
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