Nova Plataforma Nacional de Turismo reúne academia e organizações empresariais para potenciar setor

  • Lusa
  • 27 Abril 2023

Criada Plataforma Nacional de Turismo -- que reúne 125 associados fundadores, entre academia e organizações empresariais --, para "apoiar o desenvolvimento" do turismo em Portugal.

A nova Plataforma Nacional de Turismo (PNT), apresentada esta quinta-feira, pretende ser “a maior plataforma cívica” nesta área, reunindo 125 associados fundadores, entre academia e organizações empresariais, para “apoiar o desenvolvimento” do turismo em Portugal.

Com sede no Departamento de Economia, Gestão, Engenharia Industrial e Turismo (DEGEIT) da Universidade de Aveiro (UA), a plataforma é presidida pelo professor do DEGEIT Carlos Costa. Trata-se de “uma iniciativa única a nível planetário” que “pode apoiar a sociedade civil a dar um contributo para se mobilizar e apoiar o desenvolvimento de Portugal” na área do turismo.

Segundo explicou Carlos Costa, “a plataforma tem por objetivo promover iniciativas de investigação, desenvolvimento, inovação e de discussão que contribuam para a implementação de novas orientações de política, estratégia e ações para o turismo nacional”.

A plataforma tem por objetivo promover iniciativas de investigação, desenvolvimento, inovação e de discussão que contribuam para a implementação de novas orientações de política, estratégia e ações para o turismo nacional.

Carlos Costa

Professor na Universidade de Aveiro

“No futuro, o turismo precisa de criar novas competências que lhe permitam atrair mais rendimento direto nacional e internacional, mas deve, igualmente, ter capacidade acrescida para articular os sistemas produtivos, acionando as economias regionais e locais”, lê-se no site da PNT.

Neste sentido, acrescenta, a Plataforma Nacional de Turismo “foi criada para ser um espaço de reflexão, de diálogo e ação entre todos os interessados em contribuir para um turismo sustentável, inovador e que seja colocado ao serviço da economia e da sociedade em Portugal”.

A PNT integra 125 associados fundadores, que incluem todas as universidades portuguesas e um grande número dos institutos politécnicos com cursos na área do turismo; todos os professores catedráticos da área do turismo do país; a maioria dos investigadores nacionais da área do turismo e todas as organizações nacionais empresariais da área do turismo.

Embora o turismo tenha vindo a crescer e consolidar-se em Portugal, Carlos Costa considera que “têm surgido diversos problemas e desafios“. Segundo o professor, “muito do crescimento tem acontecido de forma desequilibrada social e territorialmente, e muitas vezes com fortes conflitos com a qualidade de vida dos residentes, do ambiente e da qualidade do emprego que é criado”.

O contributo da PNT, avança Carlos Costa, será feito através de think tanks onde serão discutidos temas específicos do turismo nacional, como a localização do novo aeroporto, a cultura e património, a educação e formação, a sustentabilidade, a investigação e inovação ou o turismo em ilhas.

Paralelamente, a plataforma promoverá a realização de projetos de investigação e inovação aplicados em áreas como o conhecimento e informação; recursos humanos no turismo; governança, território e digitalização; e os grandes desafios societais do turismo e as suas implicações para Portugal.

Na sua intervenção durante a apresentação online da PNT, o secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, Nuno Fazenda, destacou, por sua vez, que a iniciativa “vem acrescentar valor ao turismo do país e à sustentabilidade do setor. Referiu ainda que gerará conhecimento que “será muito útil” nas cinco áreas prioritárias definidas na estratégia para o setor: valorização do território, apoio às empresas, qualificações, transições digital e climática e promoção.

Por sua vez, a secretária-geral da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) e vice-presidente da direção da PNT, Ana Jacinto, considerou ser “essencial” para a associação integrar este projeto, porque “converter dados em informação e conhecimento é essencial para, depois, transferir esse conhecimento para as empresas”.

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