Câmara de Loulé quer poupar mais de 15 mil metros cúbicos de água de junho a agosto
Município de Loulé avança com Plano Municipal de Contingência para Períodos de Seca para poupar 15.665 metros cúbicos (m3) de água, entre junho a agosto deste ano.
A Câmara Municipal de Loulé quer poupar 15.665 metros cúbicos (m3) de água, entre junho e agosto deste ano, com a implementação de um pacote de medidas para “mitigar os efeitos da escassez hídrica no território“. E que vão desde o condicionamento ou até mesmo o encerramento das piscinas municipais para reduzir os desperdícios hídricos até à suspensão da rega de espaços verdes com água da rede pública. O município está ainda a ponderar reduzir a pressão nas redes de abastecimento de água através da regulação de válvulas redutoras do caudal.
“Numa altura em que 36% do país se encontra em situação de seca severa ou extrema, a Câmara Municipal de Loulé vai implementar ações para mitigar os efeitos da escassez hídrica no seu território, em consonância com as medidas anunciadas pelo Governo”, avança a autarquia, liderada pelo socialista Vítor Aleixo.
“Através do ministro do Ambiente e Ação Climática, foi recomendado aos municípios a aplicação de medidas de suspensão temporária dos usos não essenciais de água da rede, designadamente lavagem de ruas, logradouros e contentores, rega de jardins e espaços verdes, novos enchimentos de piscinas, fontes decorativas e atividades com grande consumo de água, e é dentro dessas recomendações que a Câmara de Loulé irá atuar”, avança a autarquia.
As medidas que, agora entrarão em vigor, resultam da ativação do Plano Municipal de Contingência para Períodos de Seca do município de Loulé, aprovada esta segunda-feira por despacho do autarca Vítor Aleixo. E vêm complementar outras ações já decididas no último verão, quando a situação começou a agravar-se. “São ações ao nível da preparação, prevenção, contingência e adaptação, com um horizonte temporal de curto, médio e longo prazo, que permitirão uma poupança no consumo, entre os meses de junho e agosto, de 15.665 m3“, avança a autarquia.
Foi recomendado aos municípios a aplicação de medidas de suspensão temporária dos usos não essenciais de água da rede, designadamente lavagem de ruas, logradouros e contentores, rega de jardins e espaços verdes, novos enchimentos de piscinas, fontes decorativas e atividades com grande consumo de água.
A Câmara Municipal de Loulé pretende ainda criar condições de aproveitamento de afloramentos superficiais de água, como as nascentes das Bicas Velhas e da Goncinha, e água de extração da Mina de Sal-gema, para regas e lavagem de ruas em Loulé.
Entre as medidas a aplicar estão:
- Suspensão da rega de espaços verdes com recurso à água da rede e utilização sempre que possível de outras fontes hídricas.
- A lavagem de espaços públicos e equipamentos como contentores com recurso a fontes alternativas ou água para reutilização.
- Implementação em 2024 de um sistema inteligente para a gestão da rega, o que permitirá uma significativa redução das perdas de água.
- Piscinas exteriores funcionarão apenas de 15 de junho até ao final do mês de julho, mas os duches dos balneários estarão encerrados.
- Em julho e agosto estão fechadas as piscinas interiores de Loulé e de Quarteira. Em Salir as piscinas manter-se-ão abertas, mas os balneários irão encerrar.
- Encerramento até agosto dos chuveiros dos balneários de instalações desportivas como campos de futebol, pavilhões e campos de ténis, em todo o concelho de Loulé, ou a Pista de BMX em Quarteira.
- Funcionamento restrito das fontes ornamentais.
- Limitada água disponível em redes de fontanários do concelho.
- Restrições na lavagem da frota municipal de viaturas e redução da periodicidade das lavagens de viaturas de transporte de passageiros.
- Instalação de equipamentos de eficiência hídrica e de redução de consumos em espaços públicos como edifícios camarários, juntas de freguesia, escolas e espaços desportivos.
- Atualização do cadastro de infraestruturas hidráulicas, a georreferenciação e a renovação do parque de contadores.
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