Associação Empresarial de Coimbra quer apoio da Metro Mondego a empresários
"Condicionamentos ou mesmo corte de trânsito em diversas artérias, têm prejudicado lojistas e empresários, que já começaram a sentir forte quebra na faturação", alerta a associação.
A Associação Empresarial da Região de Coimbra (NERC) defendeu esta segunda-feira o apoio a comerciantes e empresários por parte da Metro Mondego, constatando o “impacto negativo” das obras do sistema de mobilidade na atividade diária daqueles.
Em comunicado enviado à agência Lusa, a NERC sublinhou manifesta preocupação sobre as obras do Sistema de Mobilidade do Mondego: “Já não bastavam as consequências dos efeitos da pandemia Covid-19 e da guerra na Ucrânia, às quais se juntaram um galopante aumento de preços dos consumos intermédios, e em particular uma forte subida das taxas de juro, os comerciantes e empresários veem-se agora confrontados com fortes constrangimentos à sua atividade económica devido às obras que decorrem em vários locais da cidade de Coimbra”.
“Condicionamentos ou mesmo corte de trânsito em diversas artérias, com consequências na fluidez da circulação automóvel e pedonal, têm prejudicado sobremaneira lojistas e empresários, que já começaram a sentir forte quebra na faturação (…) com perdas de negócio da ordem dos 40% e problemas graves de viabilidade da continuidade da atividade económica”, assinalou a associação liderada pelo empresário Horácio Pina Prata.
Ainda segundo a associação empresarial, as diversas frentes de obras que estão em curso, com particular incidência na Baixa e na zona da Solum, transformaram a cidade de Coimbra num enorme estaleiro vivo, causando prejuízos diretos ao desenvolvimento do negócio de praticamente todos os comerciantes.
Deste modo, argumentou a NERC, sendo o projeto do Sistema de Mobilidade do Mondego da responsabilidade da Metro Mondego, uma sociedade anónima de capitais exclusivamente públicos, cabe ao Estado disponibilizar mecanismos de apoio às atividades económicas que estão a ser prejudicadas pela execução e mau planeamento das obras do metropolitano ligeiro de superfície.
Acrescentou, por outro lado, os maus exemplos das empreitadas a falharem constantemente os prazos e várias derrapagens nos diferentes concursos que vão trazer graves problemas a comerciantes e empresários desde a Lousã e Miranda do Corvo e com grande enfoque na zona urbana de Coimbra.
“Basta seguir o modelo de procedimento da empresa pública Metro do Porto, que, ao longo dos anos, tem vindo a indemnizar centenas de comerciantes e empresas por prejuízos na atividade económica, causados pela construção de novas linhas do metropolitano ligeiro de superfície”, comparou.
O comunicado da direção da NERC, presidida pelo antigo vice-presidente da Câmara no segundo mandato (2005-2009) do social-democrata Carlos Encarnação, defendeu, igualmente, que tanto o município de Coimbra como a comunidade intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra devem estar ao lado do tecido económico e proceder ao levantamento, tão rápido quanto possível, dos comerciantes e empresas que se encontram em situação vulnerável.
“E, bem como a Administração Central, disponibilizar canais de apoio financeiro ou espaços para a deslocalização temporária de algumas atividades económicas”, frisou.
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