Eventual venda da refinaria de Matosinhos “terá de ser responsabilidade da Galp”, diz autarca
Luísa Salgueiro diz que eventual venda da refinaria de Matosinhos “terá de ser responsabilidade da Galp”. E recusa comentar negócio que pode pôr em xeque futuro Innovation District.
A presidente da Câmara de Matosinhos disse esta sexta-feira, em declarações ao Jornal de Notícias, que a eventual venda da refinaria de Matosinhos, em Leça da Palmeira, Matosinhos, a um privado “terá de ser responsabilidade da Galp”, e que o município continua a trabalhar no desmantelamento desta unidade industrial que deixou de produzir a 30 de abril de 2022.
A socialista Luísa Salgueiro garantiu desconhecer a proposta de aquisição da refinaria e consequente reabertura pelo grupo britânico Simpatrans Oil&Gas que opera na área da compra e venda de petróleo e gás. A autarca recusou, por isso, tecer comentários ao assunto.
A petrolífera decidiu encerrar há dois anos a refinaria de Matosinhos, que ocupa 237 hectares e para onde entretanto já foi projetada uma cidade dedicada à inovação e às energias do futuro (Innovation District) e um polo universitário. O projeto ficou acordado a 16 de fevereiro de 2022, entre a Galp, autarquia de Matosinhos e a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N). A avançar o negócio, será posto em causa este protocolo.
O projeto inclui ainda comércio e serviços, hotelaria, restauração, indústria 4.0, habitação, equipamentos culturais e de lazer.
A refinaria também dará lugar a um Centro Internacional de Biotecnologia Azul que pode gerar receitas que vão entre 10 e 14 mil milhões de euros. O projeto deverá estar concluído dentro de dois anos e resulta de um acordo, assinado a 26 de abril deste ano, entre a Galp, a Fundação Oceano Azul, a Câmara Municipal de Matosinhos e a CCDR-N.
Na ocasião, o presidente da comissão executiva da Galp, Filipe Silva, referiu que a petroleira encerrou “a refinaria porque não era competitiva“. E defendeu que “é urgente que neste espaço haja um masterplan“, que passa pela criação de uma nova cidade neutra em carbono, com a inovação como polo catalisador de desenvolvimento.
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