Região do Algarve executou 91% das verbas do PT2020 até ao final de novembro
Região do Algarve recebeu 364 milhões de euros de fundos comunitários. Até 30 de novembro foram aprovados 1507 projetos no Programa Operacional com um investimento elegível de 602 milhões de euros.
A região do Algarve atingiu, até ao final do novembro, uma taxa de execução de 91% do Portugal 2020, que terá de ser executado na totalidade até 31 de dezembro, sob pena de ter de devolver verbas a Bruxelas. Ao todo, foram aprovados 1.507 projetos no Programa Operacional (PO) do Algarve, com um investimento elegível de 602 milhões de euros, financiados em 364 milhões de euros por fundos comunitários e com uma execução de 437 milhões de euros.
“No final daquele mês, os valores das taxas de compromisso e de execução cifravam-se em 114% e 91%, respetivamente. E os pagamentos efetuados ascendem a 279 milhões de euros”, lê-se no boletim “Informação mensal do Programa Operacional do Algarve” relativo a novembro e realizado no âmbito da missão de acompanhamento e monitorização das políticas públicas na região. Isto significa que a região conseguiu executar nove milhões de euros, no espaço de um mês (até outubro tinham sido executados 428 milhões de euros, o que elevou a taxa de execução para 87%).
“As despesas do Portugal 2020 têm de ser efetuadas e pagas pelos promotores até 31 de dezembro (final do período de elegibilidade), sendo que as Autoridades de Gestão deverão terminar a sua validação nos primeiros meses de 2024”, já explicou ao ECO fonte oficial da Agência para o Desenvolvimento & Coesão. “Só nesse momento se irão atingir taxas de execução iguais ou mesmo ligeiramente superiores a 100%”, acrescentou a mesma fonte. Ou seja, a 31 de dezembro, o programa operacional até poderá não apresentar uma taxa de execução de 100%, e isso não implicar que não conseguiu executar a totalidade das verbas.
No final daquele mês, os valores das taxas de compromisso e de execução cifravam-se em 114% e 91%, respetivamente. E os pagamentos efetuados ascendem a 279 milhões de euros.
É o concelho de Faro que surge à cabeça com o maior peso em projetos aprovados e comparticipações financeiras “por sediar os organismos da administração pública e a universidade, respetivamente com 30 e 45 projetos, e com 28 milhões de euros e 23 milhões de euros de fundo aprovado”, detalha a comissão de desenvolvimento regional.
Ao nível da execução dos Sistemas de Incentivos (SI), mais concretamente da Qualificação e Internacionalização de PME, a região algarvia regista um total de 391 projetos aprovados financiados em 16 milhões de euros.
Conheça três projetos que visam a internacionalização, competitividade empresarial e empreendedorismo qualificado, o investimento no emprego, e a coesão social e territorial.
- A Sociedade da Água de Monchique conta com mais de 564 mil euros, no âmbito do programa FEDER, para aumentar a capacidade produtiva e eficiência energética, com destaque para a redução da pegada carbónica e reforço da posição estratégica diferenciadora no mercado. Para tal, a empresa investiu numa panóplia de equipamentos, software e materiais inovadores, como numa nova linha de produção totalmente automatizada. Segundo a CCDR, este projeto permitiu melhorias significativas no processo produtivo atual, com a introdução de novos métodos logísticos, e a digitalização de processos. Além da criação de mais 12 empregos, dos quais seis são qualificados.
- O município de São Brás de Alportel tem cerca de 51 mil euros para requalificar um edifício em estado de degradação, situado em Parises, na zona serrana do concelho, e transformá-lo num novo polo de apoio turístico e um complemento à oferta de atividades e elementos de interesse. Este projeto vai contribuir para uma maior dinamização económica da região assim como para a fixação de população, aumento de visitantes e valorização do património cultural material e imaterial.
- Num investimento a rondar os 158 mil euros, a Associação Para o Estudo da Diabetes e apoio ao doente diabético no Algarve. Segundo a CCDR, este projeto tem o propósito de “dar uma resposta inovadora no âmbito das reformas dos serviços sociais e de saúde, através da realização de ações de sensibilização, capacitação e informação, permitindo prevenir comportamentos de risco”.
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