É no Alentejo que as empresas têm maior peso na execução de despesa em I&D
Dados do INE mostram que em 2022 havia 105 municípios em que a totalidade da despesa em Investigação e Desenvolvimento (I&D) era executada pelas empresas.
É no Alentejo, seguido da região Norte, que as empresas têm maior peso (68,8%) na execução de despesa em Investigação e Desenvolvimento (I&D) a nível nacional, enquanto no Algarve é o setor do Ensino Superior que mais executa nesta área e o Estado surge na dianteira desde indicador na Região Autónoma da Madeira.
Segundo os Anuários Estatísticos Regionais divulgados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística, há 105 municípios em que a totalidade da despesa em I&D é executada pelas empresas. Situam-se principalmente no litoral do Continente, sendo mais predominante na região alentejana e nos municípios limítrofes da Área Metropolitana de Lisboa. Por outro lado, em 64 municípios não se registou despesa em I&D durante o ano passado.
A nível nacional, as empresas constituíram o setor de execução de despesa em I&D com maior relevância: 59,7% do total da despesa. Já a nível regional, a despesa deste setor era também superior à dos restantes em cinco das sete regiões NUTS II do país. Ultrapassando os 50% do total da despesa no Alentejo (68,8%), no Norte (62,5%), na Área Metropolitana de Lisboa e no Centro (ambos com 58,4%).
No ano em análise, a despesa em I&D foi equivalente a 1,67% do PIB português. Em três das 25 sub-regiões NUTS III portuguesas esta proporção ultrapassava os 2,5%: na região de Aveiro (2,59%), na Área Metropolitana do Porto (2,58%) e na região de Coimbra (2,55%). Igualmente com valores acima da média nacional surgem em destaque a área do Cávado (2,13%) e a Área Metropolitana de Lisboa (1,95%).
Em 2022, o PIB de todas as regiões portuguesas cresceu, ultrapassado o valor do ano pré-pandemia, revela o INE nas estimativas divulgadas esta segunda-feira. Algarve, Madeira e Lisboa destacam-se com as maiores evoluções, ainda que tenham sido também as regiões mais afetadas pela Covid-19, devido à predominância do turismo.
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