Após aterrar em Gaia, holandesa Action vai abrir mais três lojas no Norte e contratar 80 pessoas
Retalhista low cost holandesa entra em Portugal. “Estas quatro lojas vão ser apenas o início da nossa expansão. De certeza que algum dia vamos para Lisboa, mas não sei quando", diz o diretor regional.
A retalhista holandesa conhecida pelos preços baixos está a apostar em Portugal. Depois da inauguração da loja de Vila Nova de Gaia, agendada para quinta-feira, a Action prepara-se para abrir mais três lojas no Norte ainda este ano. Com a abertura destes quatro espaços comerciais, vai dar emprego a 80 pessoas. Apesar de a empresa não revelar as localizações, já tem disponíveis no site várias ofertas de emprego para cidades como Barcelos, Santo Tirso, Guarda e Entroncamento.
“Estamos muito entusiasmados por abrir em Portugal e estas quatro lojas vão ser apenas o início da nossa expansão (…) Se olharmos para a história da Action em todos os países, começámos por uma loja e depois acabamos por expandir e encher determinado país de lojas. De certeza que algum dia vamos para Lisboa, mas não sei quando”, conta ao ECO/Local Online o diretor regional de Benelux, Alemanha, Itália, Espanha e Portugal, Bart Raeymaekers.
Questionado sobre a escolha de Portugal para continuar o plano de expansão da empresa cotada em bolsa, Bart explica que o “plano passa por ir de um país para o outro e, depois de afirmar a marca em Espanha, chegou a altura de expandir para Portugal”. Acrescenta ainda que existe da parte dos portugueses “o desejo de pagar menos” pelos produtos.
A escolha do Norte de Portugal está relacionada com a cadeia de fornecimento. A trabalhar na Action há cerca de 12 anos, o gestor detalha que nesta fase inicial as lojas em Portugal vão ser abastecidas pelo centro de distribuição de Toulouse, França. No entanto, para tornar a “logística mais fácil” prevê abrir em outubro um centro de distribuição perto de Madrid, que vai abastecer as lojas de Espanha e Portugal. Todavia, não descarta a possibilidade de abrir um centro de distribuição em Portugal.
Presente agora em 12 países, incluindo Portugal, a Action soma mais de 2.500 lojas, emprega mais de 60 mil pessoas e fatura 8,9 mil milhões de euros. Bart Raeymaekers garante que a “fórmula é a mesma em toda a Europa”. No ano passado, a cadeia abriu mais de 300 lojas no Velho Continente. Os espaços recebem 15,3 milhões de clientes semanais e no ano passado registou um crescimento de 16,7% em termos homólogos.
Com o slogan “preços pequenos, grandes sorrisos”, a Action recorre a mais de 70 mil parceiros de todo o mundo e disponibiliza 14 categorias de produtos distribuídas por seis mil artigos. Cerca de 1.500 por menos de um euro, contabiliza a empresa. E todas as semanas têm 150 novos artigos a “preços atrativos”.
“Quase todos os nossos artigos custam menos de dois euros, temos também artigos entre os dois e os cinco, e só 7% dos produtos custam mais de cinco euros“, detalha o gestor. “Conseguimos o preço mais baixo devido ao volume e somos muito flexíveis. Por exemplo, se temos um fornecedor que devido à inflação aumenta muito o preço do produto, deixamos de comprar. É a escolha que fazemos”, afirma Bart.
Conseguimos o preço mais baixo devido ao volume e somos muito flexíveis. Por exemplo, se temos um fornecedor que devido à inflação aumenta muito o preço do produto, deixamos de comprar.
O diretor regional de Benelux, Alemanha, Itália, Espanha e Portugal, Bart Raeymaekers, nota que a empresa não investe em marketing, pois a melhor publicidade é o “boca-a-boca”. A título de exemplo, conta que quando abriram a primeira loja em França, em 2012, os primeiros clientes ficaram “surpreendidos com os preços baixos” e perguntaram “quanto tempo é que iria ficar o preço assim tão baixo”. Ao responder que os “preços iriam ficar assim para sempre”, diz que os clientes começam a ligar a familiares e amigos, e “uma hora depois da abertura tinha a loja cheia”.
No ano passado, a Action ter sido escolhida como a marca favorita o ano passado em França, quando esse prémio é habitualmente entregue a empresas francesas. “Pela primeira vez não foi uma marca francesa a ganhar, estamos muito felizes com esta conquista”, afirma Bart Raeymaekers que começou o seu percurso na empresa como gestor local e hoje é responsável por sete países europeus. Ocupou também várias funções no Carrefour (Bélgica), onde esteve mais de uma década.
A Action surgiu há 30 anos com uma pequena loja em Enkhuizen, na Holanda e diz ser atualmente a “retalhista low-cost de produtos não alimentares que mais cresce na Europa”, contabilizando mais de 2.500 lojas distribuídas por onze países europeus (Espanha, França, Itália, Alemanha, Áustria, Bélgica, Luxemburgo, República Checa, Polónia, Eslováquia, Países Baixos e Portugal).
(A jornalista viajou para Madrid a convite da Action)
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