Endividamento da economia baixa para 301% do PIB em 2023. É o valor mais baixo desde pelo menos 2007

O endividamento da economia nacional baixou em relação ao PIB, mas aumentou 0,53% em termos absolutos face a 2022 para 803,1 mil milhões de euros em dezembro de 2023.

O endividamento da economia nacional voltou a baixar em dezembro, passando de 806,7 mil milhões em novembro para 803,12 mil milhões de euros em dezembro. Foi apenas o terceiro mês ao longo de todo o ano de 2023 (depois de março e outubro) em que a volume total da dívida de empresas, particulares e Estado encolheu.

Os dados do Banco de Portugal divulgados esta quinta-feira revelam inclusive que, em dezembro, pela terceira vez desde dezembro de 2016, verificou-se uma correção mensal do endividamento dos três agentes económicos, com particular destaque para uma redução de 0,94% do endividamento do Estado, que fechou 2023 com 353,8 mil milhões de euros.

No entanto, em termos homólogos, tal como tem sucedido desde 2016, o endividamento da economia portuguesa aumentou em 2023, neste acaso 0,53%, passando de 798,9 mil milhões no final de 2022 para 803,1 mil milhões no final do ano passado, segundo dados da entidade liderada por Mário Centeno.

“O endividamento do setor público subiu 2,5 mil milhões de euros relativamente a 2022”, refere o comunicado do Banco de Portugal, notando ainda que “este acréscimo verificou-se, sobretudo, junto das administrações públicas (12,1 mil milhões de euros) e dos particulares (10,1 mil milhões de euros), devido ao investimento em Certificados de Aforro.”

Já o endividamento do setor privado cresceu 1,72 mil milhões de euros, com destaque para um aumento de 0,91% das empresas privadas, que foi compensado por um decréscimo de cerca de mil milhões de euros (0,65%) das famílias.

Apesar deste crescimento homólogo, tratou-se do aumento do endividamento da economia nacional mais modesto desde 2018. Esta situação, aliado a um crescimento nominal do PIB na ordem dos 9,4%, o rácio da dívida do setor não financeiro face ao PIB baixou cerca de 29 pontos percentuais no último ano, passando de um valor equivalente a 331,8% do PIB em dezembro de 2022 para 301,1% do PIB no final do ano passado, atingindo assim o valor relativo face à produção da riqueza no país mais baixo desde pelo menos 2007 (início da série do Banco de Portugal).

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