Agendas mobilizadoras vão criar mais oito mil milhões de volume de negócios até 2026

As agendas mobilizadoras vão criar 18 mil novos postos de trabalho e oito mil milhões de euros de volume de negócios. Costa Silva diz que estes investimentos vão ajudar a transformar a economia.

As 53 agendas mobilizadoras, financiadas pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), vão permitir à economia portuguesa chegar a 2026 com mais oito mil milhões de euros de volume de negócios e mais 18 mil postos de trabalho, dos quais 11 mil altamente qualificados. O ministro da Economia e do Mar acredita que estas agendas mobilizadoras vão contribuir para tornar a economia portuguesa numa economia cada vez mais competitiva e resiliente.

As agendas mobilizadoras prometem chegarmos a 2026 com mais oito mil milhões de euros de volume de negócios da economia portuguesa”, adiantou o ainda primeiro-ministro após uma visita aos stands dos consórcios, no âmbito do 2º Encontro das Agendas Mobilizadoras, em Santa Maria da Feira.

António Costa lembrou ainda que “na avaliação que a Comissão Europeia fez, o nosso PRR é o quinto que acrescenta mais valor acrescentado à economia”, que se traduz em mais 2,5% a 3% do nosso Produto Interno Bruto (PIB).

O primeiro-ministro falava aos jornalistas à entrada para o segundo Encontro Anual das Agendas Mobilizadoras, que decorre hoje no Europarque, em Santa Maria da Feira, no distrito de Aveiro.Lusa 12 março, 2024

“É fundamental que a inovação se transforme em produtos e serviços que possam chegar ao mercado. Por outro lado, criamos uma economia de maior valor acrescentado, mais conhecimento e onde se vai criar 18 mil postos de trabalho, 11 mil dos quais de alto valor acrescentado”, concluiu.

António Costa Silva, ministro da Economia e do Mar, destacou a “transformação que a economia nacional está a ter”, para o qual já estão a contribuir as agendas mobilizadoras, que estão a “transformar o perfil produtivo da economia portuguesa, através da interação da ciência e inovação com o que é a economia nacional“.

Costa Silva realçou que estas mudanças, que já estão a acontecer no chão de fábrica. Embora sejam “mudanças graduais”, mostrou-se otimista, realçando o novo modelo no qual assentam as agendas mobilizadoras, que promove a formação de consórcios entre empresas, universidades e centros tecnológicos, e uma partilha de trabalho, com uma “interação contínua entre os vários intervenientes”.

O responsável salientou que o objetivo é “tornar Portugal numa economia cada vez mais competitiva e que seja capaz de se afirmar no mercado internacional“, permitindo ao PIB resistir à difícil conjuntura internacional, marcada por guerras e situações de incerteza geopolítica.

Costa Silva realçou o reforço da capacidade de exportação do país nos últimos dois anos. “Temos uma economia cada vez mais exportadora” e a “produção externa estimula a capacidade das nossas empresas”, frisou.

A aposta numa força de trabalho cada vez mais qualificada, assim como o reforço na inovação e no Investimento Diretor Estrangeiro foram outros dos pontos destacados pelo ministro da Economia para reforçar a competitividade da economia nacional, frisando o papel das agendas mobilizadoras também para promover esta transformação, cujos projetos começam a revelar avanços. “Em 2023, tivemos um aumento de 7,6% do número de patentes e 27% das novas patentes que já foram registadas no âmbito das agendas“, informou o ministro.

Costa Silva aproveitou ainda para destacar alguns dos projetos desenvolvidos no âmbito das agendas mobilizadoras, que vão desde a aeronáutica, à energia e ao espaço, passando pela saúde e pela tecnologia e cobrem “vários espaços que podem ser relevantes na economia nacional”.

Os protótipos apresentados no encontro de Santa Maria da Feira incluem projetos como o veículo APM, da Salvador Caetano, que vai estar nos Jogos Olímpicos de Paris, uma motorizada elétrica da Continental, o investimento desenvolvido pelo consórcio liderado pela Neuroaspace, que vai impedir a colisão de 300 satélites com lixo espacial, entre outros.

António Costa Silva realçou ainda o papel da Inteligência Artificial, uma área que, segundo os estudos, “pode ter efeito na economia de cerca de 15 mil milhões de euros por ano até ao fim do ano de 2030″.

Estamos a mudar o paradigma. Trabalhamos todos em conjunto para mudar o país, ligando a ciência à economia e tendo muita atenção ao que é a economia“, rematou.

O programa das agendas mobilizadoras prevê um investimento de 7,7 mil milhões de euros, com um incentivo de 2.915 milhões de euros.

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