Centros Ciência Viva podem gastar 12 milhões de euros até 2027

De Norte a Sul do país, existem 21 centros de divulgação científica deste género. Desde 1998, mais de 13 milhões de pessoas visitaram a Rede Nacional de Centros Ciência Viva.

A Fundação para a Ciência e a Tecnologia recebeu “luz verde” do Governo para avançar com a despesa relativa ao funcionamento da Ciência Viva – Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica, até ao montante máximo de 12 milhões de euros entre 2024 e 2027.

Os encargos financeiros não podem exceder, em cada ano económico, de 2024 a 2027, os três milhões de euros. A Ciência Viva tem de apresentar anualmente à Fundação para a Ciência e a Tecnologia os relatórios anuais de execução e planos de atividade.

“A missão da Fundação para a Ciência e a Tecnologia é promover continuadamente o avanço do conhecimento científico e tecnológico em Portugal, atingindo os mais elevados padrões internacionais de qualidade e competitividade em todos os domínios científicos e tecnológicos, estimulando a sua difusão e contribuição para a sociedade e o tecido produtivo”, lê-se num despacho publicado esta segunda-feira em Diário da República.

De acordo com o diploma, “importa continuar a estimular a relação entre o conhecimento e a sociedade, valorizando o reconhecimento social da ciência, a promoção da cultura científica, a comunicação sistemática do conhecimento e dos resultados das atividades de investigação e desenvolvimento e a apropriação social do conhecimento, designadamente através da Ciência Viva, dotando-a dos meios necessários à prossecução da sua missão”.

A Ciência Viva nasceu em Portugal em 1996 por iniciativa de José Mariano Gago, então ministro da Ciência e da Tecnologia. Em 1998 transformou-se numa associação de instituições científicas, adotou a designação Ciência Viva – Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica e iniciou a sua expansão. Hoje conta com uma rede de 21 Centros de Ciência espalhados por todo o território e envolve centenas de milhares de investigadores e cidadãos, alunos e professores, jovens e adultos.

 

Cada Centro Ciência Viva alimenta a sua própria rede local e regional, ligada a autarquias, empresas, escolas, universidades, politécnicos e unidades de investigação da sua região. Em alguns casos foram construídos espaços de raiz, noutros recuperaram-se edifícios antigos com fortes raízes locais: um convento em Estremoz, uma igreja em Tavira, uma fábrica em Aveiro e até uma prisão em Vila do Conde.

Veja a localização dos 21 Centros de Ciência:

  1. Centro Ciência Viva de Bragança
  2. Curtir Ciência – Centro Ciência Viva de Guimarães
  3. Centro Ciência Viva de Vila do Conde
  4. Museu do Côa – Centro Ciência Viva
  5. Galeria da Biodiversidade – Centro Ciência Viva
  6. Planetário do Porto – Centro Ciência Viva
  7. Fábrica – Centro Ciência Viva de Aveiro
  8. Exploratório – Centro Ciência Viva de Coimbra
  9. Centro Ciência Viva da Floresta – Proença-a-Nova
  10. Centro Ciência Viva de Constância – Parque de Astronomia
  11. Centro Ciência Viva do Alviela – Carsoscópio
  12. Centro Ciência Viva de Estremoz
  13. Pavilhão do Conhecimento – Centro Ciência Viva
  14. Centro Ciência Viva do Lousal – Mina de Ciência
  15. Centro Ciência Viva de Lagos
  16. Centro Ciência Viva do Algarve
  17. Centro Ciência Viva de Tavira
  18. ExpoLab – Centro Ciência Viva
  19. Centro Ciência Viva dos Arcos – Oficinas de Criatividade Himalaya
  20. Planetário – Casa de Ciência de Braga
  21. Plataforma Ciência Aberta

A Ciência Viva conta entre os seus associados com os principais laboratórios de investigação nacionais. É ainda membro do ECSITE, uma rede europeia que reúne mais de 350 centros e museus de ciência. Através desta rede europeia, integra o consórcio que organiza o Euro Mediterranean and Middle East Summer School of Science Communication (EMME), liderado pelo ECSITE e pela Names, rede de instituições norte-africanas e do Médio Oriente.

A Ciência Viva é também membro e integra o Board do ASTEC – Association of Science – Technology Centers, do International Council of Museums (ICOM)e da European Science Events Association (EUSEA). Entre as organizações internacionais trabalha regularmente com o CERN, a Agência Espacial Europeia (ESA), a Agência Europeia de Segurança Marítima (EMSA), a King Baudouin Foundation, o European Brain Councila, a La Caixa Foundation e a Biogen.

De acordo com o site Ciência Viva, desde 1998, 13 milhões de pessoas visitaram a Rede Nacional de Centros Ciência Viva. No ano passado, a Rede de Centros Ciência Viva envolveu mais de 1,2 milhão de pessoas entre visitantes aos Centros Ciência Viva e ações de promoção do sucesso escolar, atividades de enriquecimento curricular (AEC) ou iniciativas de divulgação para o grande público.

O mais recente estudo do Eurobarómetro, realizado em 2021, aponta Portugal como o segundo país da Europa que mais visita centros de ciência e o líder da União Europeia em literacia científica.

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