BRANDS' Local Online Carlos Moedas: “A cultura tem de estar no centro de qualquer projeto”

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  • 7 Junho 2024

O presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas foi um dos convidados da conferência “A Cultura e os Desafios do Poder Local”, organizada, esta quarta-feira, pela Junta de Freguesia de Santo António.

Se a cidade é um organismo vivo, a cultura é o seu sistema sanguíneo. A metáfora foi usada pelo presidente da Câmara Municipal de Lisboa durante o discurso de abertura da conferência “A Cultura e os Desafios do Poder Local”, que decorreu esta quarta-feira no Parque Mayer, com organização da Junta de Freguesia de Santo António. “Tenho grande orgulho em estar aqui no Parque Mayer que, desde os anos 90, não tinha três teatros a funcionar ao mesmo tempo, e nós conseguimos”, sublinhou Carlos Moedas.

Os ganhos são da população, que tem agora mais oferta cultural naquele espaço, mas os louros são partilhados com Vasco Morgado, presidente da freguesia, também ele com raízes ligadas ao teatro. “Como sabem, a cultura é um tema que me diz muita coisa. Estamos bem no coração da cidade e estamos naquele que foi considerado, durante muitos anos, o coração da cultura do país”, afirmou Vasco Morgado. A tarefa, porém, não foi fácil. “Foi uma grande luta. Houve muitas pessoas que queriam fazer projetos enormes, megalómanos, e o Vasco é um homem pragmático. A cultura precisa desse pragmatismo”, reforçou Moedas.

Carlos Moedas, Presidente da Câmara Municipal de Lisboa.

Esta é, assegurou, a visão que tem para a cidade e que se traduz no programa municipal Um Teatro em Cada Bairro – uma rede de equipamentos culturais pensados para levar cultura a todos os cantos da cidade, assente num modelo de gestão de parceria com entidades culturais coletivas. “A cultura tem de estar no centro de qualquer projeto”, apontou, lembrando que, ao longo de dois anos de mandato, foi possível “fazer seis teatros”.

Carlos Moedas insistiu ser necessário apostar na tríade “inovação, cultura e cuidar das pessoas”, uma equação que só funciona em conjunto e essencial para alimentar o emprego, a economia e até o enriquecimento das características culturais de Lisboa. “Uma das ideias que tive desde o início era termos um passe de cultura para os mais novos e para os mais velhos. Hoje, mais de 20 mil pessoas utilizaram esse passe e não pagaram entrada nos nossos muitos equipamentos”, destaca. Este é um projeto em parceria com a Lisboa Cultura – a nova designação da empresa municipal EGEAC – que mostra o que o autarca quer para a capital. “É esse o caminho que queremos para Lisboa”, rematou.

A conferência “A Cultura e os Desafios do Poder Local”, organizada pela Junta de Freguesia de Santo António, com apoio do ECO enquanto media partner, dedicou a programação à reflexão sobre o papel dos autarcas no apoio, na dinamização e incentivo às atividades culturais, mas também sobre as oportunidades que o setor tem pela frente.

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