Ferrovia. Atrasos nas entregas de carruagens custam 16 milhões por mês
Há vários investimentos que serão impossíveis de executar a tempo do PT2030: expansão da rede metro a sul do Tejo até à Costa da Caparica, prolongamento da linha de metro até Alcântara e Sacavém.
O ministro Adjunto e da Coesão Territorial revelou que os atrasos na entrega das automotoras para comboios suburbanos e regionais estão a custar 16 milhões de euros por mês. A entrega das carruagens estava prevista de modo faseado, mas como o concurso está parado em tribunal já há 387 milhões de euros que iriam ser suportados pelo Portugal 2030 que não poderão ser suportados pelo atual quadro comunitário de apoio.
Pedindo ajuda aos deputados da comissão de acompanhamento do PT2030 e do PRR para encontrar uma solução, Manuel Castro Almeida manifestou a sua preocupação face aos atrasos na entrega das carruagens encomendadas: 62 automotoras para comboios suburbanos e 58 para comboios regionais. “Houve um concurso que foi objeto de impugnação e está pendente nos tribunais”, explicou. Ficou assim “suspensa a eficácia do concurso”.
Estava previsto que as carruagens fossem entregues faseadamente ao longo do tempo até ao final do prazo de execução do PT2030, mas “cada vez que passa tempo há um conjunto de automotoras cujo financiamento já não poderá ser assegurado pelo PT2030. De fora já estão 387 milhões de euros, revelou Manuel Castro Almeida, “que será impossível de executar e que terão de ser assegurados pelo Orçamento do Estado.
Mas há mais investimentos que serão impossíveis de executar a tempo do Portugal 2030 revelou o ministro na sua intervenção inicial na primeira audição da comissão de acompanhamento do PT2030 e do PRR. Em causa está a expansão da rede metro a sul do Tejo até à Costa da Caparica e o prolongamento da linha vermelha do metro de Lisboa até Alcântara e a da linha de Santa Apolónia até Sacavém. Estes três projetos têm apenas uma “estimativa orçamental” e nem sequer existem estudos dos projetos, diz Castro Almeida. “Os serviços dizem que vai ser impossível executar esta obra dentro do prazo do PT2030, ou seja, 2029”, precisou.
Isto não significa que estes projetos vão cair, precisou em resposta à deputada bloquista, Joana Mortágua. Mas antes que este projetos poderão ter de transitar para o quadro comunitário seguinte, à semelhança do que já aconteceu com tantos outros projetos em quadros comunitários anteriores. “Ao contrário do PRR, em que o prazo é improrrogável, uma obra financiada pelos fundos de coesão pode começar num quadro comunitário e ser transferida para o ciclo seguinte”, explicou. “Estou convencido que haverá um PT qualquer a seguir, embora receio que substancialmente inferior”, acrescentou.
“O que os serviços dizem é que é impossível executar o metro Sul do Tejo dentro do PT2030, não tem nada que ver com fazer ou não fazer a obra. No estado em que as coisas estão, ou não estão, significa que dentro de três a quatro anos ainda vamos estar na fase de estudos”, acrescentou.
(Notícia em atualização)
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