Governo quer porto comercial das Flores mais resiliente a tempestades

  • Lusa
  • 9:58

A ministra do Ambiente e Energia defendeu hoje que o novo porto comercial das Flores, destruído após a passagem do furacão Lorenzo pelos Açores, apelou à rapidez na adjudicação da obra.

A ministra do Ambiente e Energia defendeu hoje que o novo porto comercial das Flores, destruído após a passagem do furacão Lorenzo pelos Açores, deve ser “mais resiliente” aos fenómenos naturais e apelou à rapidez na adjudicação da obra.

É evidente a necessidade de uma intervenção mais profunda. Uma intervenção que permita não apenas recuperar as condições que existiam antes dos desastres naturais, como para proporcionar à ilha um novo porto com maior capacidade e principalmente mais resiliente aos fenómenos resultantes das alterações climáticas e outros fenómenos naturais”, afirmou Maria da Graça Carvalho.

A ministra discursava após a apresentação do projeto de reconstrução do porto das Lajes das Flores, integrada na visita da governante à ilha açoriana.

Graça Carvalho destacou o “esforço significativo” do Governo dos Açores para “responder aos desafios” provocados pela precariedade daquela infraestrutura por onde é assegurado o abastecimento às Flores.

“Faço votos para que esta obra seja rapidamente adjudicada e se outra oportunidade não surgir mais cedo, espero regressar a esta ilha num futuro próximo para assistir à inauguração do novo porto das Lajes das Flores, mesmo que não esteja em funções”, reforçou.

O porto das Lajes das Flores foi destruído pela passagem do furacão Lorenzo em outubro de 2019, tendo sido novamente afetado pela tempestade Efrain em dezembro de 2022.

A ministra do Ambiente lembrou que o Governo da República alterou o limite máximo de apoio relativo aos prejuízos causados pelo furacão Lorenzo nos Açores, que passou a ser de cerca de 270 milhões de euros.

“No âmbito do Sustentável 2030 decidimos reforçar o valor que já se encontrava lançado para a construção deste porto. Aumentamos o valor na quota nacional sem que isso prejudique os outros projetos previstos para a região dos Açores”, recordou.

A ministra, que visitou o porto das Lajes, defendeu tratar-se de um “investimento significativo, mas absolutamente necessário” e disse ter uma “grande esperança” de que os florentinos poderão usufruir do novo porto “daqui a cinco anos”.

“A condução ultraperiférica das regiões autónomas, com todos os desafios adicionais que isso implica, exigem do governo de Portugal e da própria União Europeia uma diferenciação pela positiva”, assinalou.

E concluiu: “Como disse numa confidência à senhora secretária regional, este projeto tem tudo para correr bem porque é um projeto gerido por mulheres e, portanto, vamos cumprir como sempre cumprimos”, assinalou.

Da parte do Governo dos Açores, a secretária do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas afirmou que o executivo está a “conjugar todas as variáveis” para dar início à obra “em breve”.

“[O processo] está no bom caminho porque o projeto está praticamente concluído, estão a terminar a avaliação de impacto ambiental. Está já a concurso a questão da empreitada. Está nas mãos do júri a avaliação dos vários concorrentes”, detalhou.

Alertando que o “futuro é já amanhã”, Berta Cabral realçou que a reconstrução do porto das Lajes vai ser a “maior obra que já se fez nos Açores”.

“É um esforço enorme do ponto de vista da execução física e é um esforço enorme do ponto de vista da execução financeira. Estão mais de 50 milhões já investidos nas obras que foram feitas para garantir o abastecimento à população das Flores e temos o porto que irá para além dos 200 milhões”, salientou.

Na noite de 01 para 02 de outubro de 2019, os Açores foram fustigados pelo furacão Lorenzo, tendo sido registados prejuízos de cerca de 330 milhões de euros no arquipélago e decretada a situação de calamidade.

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