Exclusivo Porto lança plataforma de acolhimento para nómadas digitais. E espera atrair 20 mil profissionais este ano

Quantos espaços de cowork existem na cidade ou qual é o preço médio de um apartamento são algumas das informações que os nómadas digitais podem encontrar na nova plataforma do município do Porto.

O município do Porto lançou, esta quarta-feira, na Web Summit 2024, em Lisboa, uma plataforma de acolhimento para nómadas digitais de modo a atrair mais talento, valor económico e riqueza para a economia local. O vereador da Economia quer colocar a Invicta no mapa dos nómadas digitais, competindo com outras cidades europeias na captação destes profissionais. Prevê ter, até ao final deste ano, 20 mil pessoas a trabalhar remotamente na cidade nortenha.

“Para além de o Porto ser, atualmente, um destino muito relevante do ponto de vista de startups, também queremos que seja um ecossistema de nómadas digitais”, afirma Ricardo Valente em declarações ao ECO/Local Online. Até porque, justifica, “esses nómadas digitais aportam imensa diversidade do ponto de vista de ecossistema empresarial e trazem valências relevantes a nível económico”.

Acresce o facto de serem “pessoas altamente capitalizadas do ponto de vista do conhecimento, pois mais de 80% deles tem formação superior. É algo que queremos trazer para a cidade”, assinala. Muitas delas depois acabam por criar raízes na cidade. Os últimos números falam por si: “Mais de 150 mil nómadas digitais visitaram o Porto entre 2014 e 2023″, contabiliza o autarca. “As estatísticas dizem-nos que, durante este ano de 2024, teremos 20.000 nómadas digitais adicionais na cidade”, completa.

Por tudo isto, o Porto não quer perder esta oportunidade de estar na vanguarda e lançou a plataforma “digital nomads Porto”. “Queremos ter uma cidade que tenha esta economia de elevado valor acrescentado dentro do seu território”, sustenta o vereador da câmara portuense.

Para além de o Porto ser, atualmente, um destino muito relevante do ponto de vista de startups, também queremos que seja um ecossistema de nómadas digitais.

Ricardo Valente

Vereador da Economia da Câmara Municipal do Porto

A ideia de “colocar o Porto no mapa dos territórios amigos dos nómadas digitais” surgiu depois da pandemia Covid-19 e à boleia da estratégia de atrair de investimento e talento para o Porto. Esta quarta-feira é dado o pontapé de saída para o lançamento desta nova plataforma, onde estes profissionais acedem a variada informação de apoio e acolhimento à sua estadia na cidade.

Quantos espaços de cowork existem na cidade do Porto, qual é o preço médio de um apartamento no Porto, quanto tempo demora a formalizar um contrato de água ou de luz, ou “quais são as obrigações legais que tem que cumprir do ponto de vista do país e da cidade” são algumas das informações que os nómadas digitais podem encontrar nesta página da internet criada pelo município.

Queremos que o Porto seja um porto de nómadas digitais”, sublinha Ricardo Valente. O momento certo é este, porque “a tendência de nómadas digitais veio para ficar” e o “Porto já está muito bem posicionado nos rankings mundiais”, conclui.

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