EMEL atualiza preços em Lisboa. Há reduções de preço em alguns parques mas também subidas superiores a 30%
Empresa está a avisar utilizadores para nova avença mensal. Num caso verificado pelo ECO/Local Online, há uma subida de 32% no valor pago atualmente. Câmara nega e aponta para reduções de quase 50%.
A Empresa Municipal de Estacionamento de Lisboa (EMEL) vai atualizar os preços para a avença mensal dos lisboetas nos parques fechados geridos pela responsável de mobilidade da autarquia. Haverá reduções de preços, mas há também casos de residentes que vão ver aumentada a sua renda mensal.
Uma comunicação por email recebida por um residente de Campo de Ourique com avença, a que o ECO/Local Online teve acesso, parece ser clara a impor um aumento que, no caso deste residente, antecipa ser de cerca de um terço do valor atual, para 46,3 euros por mês. Nesta comunicação da EMEL, o residente, atualmente com uma avença de 35 euros é informado de que passará a pagar 46,3 euros, o que corresponde a um aumento na ordem dos 32%. E será isso que também sucederá aos residentes que têm dístico de estacionamento em Lisboa em mais de dois terços do parque da EMEL.
Contudo, contactada pelo ECO/Local Online, a Câmara Municipal de Lisboa assegura que “não haverá um aumento de preços, mas antes uma revisão em baixa dos preços praticados em alguns parques”. Isso acontece, por exemplo, para os residentes no Rego e no Chão do Loureiro, que atualmente pagam 80 euros de assinatura mensal do seu estacionamento. Com a atualização de preços terão uma poupança de 42%, no valor de 33,7 euros mensais.
Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para abrir a tabela.
A partir do início de 2025, a atual avença residente 24 horas será substituída pela avença R24, lê-se na comunicação. “A nova avença R24 é uma versão renovada da atual avença residente 24h“, indica a EMEL, apontando para “uma avença mensal exclusiva a residentes da cidade de Lisboa que permite o estacionamento de um automóvel num parque de estacionamento EMEL da sua área de residência”. Curiosamente, a EMEL designa esta avença R24 de “novo produto de mobilidade”, mas existe uma solução com esta designação desde, pelo menos, 2021. “Se já é assinante da avença residente 24h com entrega de dístico, a sua avença terá uma atualização de preço para 46,3€/mês e passará a ter uma duração mensal, ao invés de 30 dias”, escreve a EMEL.
No caso deste lisboeta, o seu regime é precisamente o descrito: assinante com entrega de dístico, o que significa que só pode estacionar o seu automóvel no parque fechado do seu bairro, sendo taxado como qualquer automobilista se utilizar os lugares de estacionamento comum da via pública.
Apesar da aparente clareza a indicar que a avença terá uma “atualização” de preço para 46,3 euros, a Câmara Municipal de Lisboa, que controla a EMEL, contraria esta ideia: “Com esta medida, não há nenhum cidadão residente na cidade de Lisboa que fique a pagar mais pela avença de residente“, explica a autarquia. E assegura mesmo que “quem possui uma avença de valor superior, passará a pagar apenas 46,3€“, assegura.
Ideia distinta parece estar por detrás da decisão da EMEL, que escreve ao munícipe: “Este novo produto de mobilidade substitui a sua atual avença mensal, que será descontinuada no dia 31 de dezembro de 2024”.
No email de esclarecimento enviado ao ECO/Local Online, a Câmara Municipal de Lisboa aponta para uma uniformização dos preços das avenças nos parques fechados geridos pela EMEL, o que levará mesmo a reduções que quase chegam a 50%. “Informamos que não haverá um aumento de preços, mas antes uma revisão em baixa dos preços praticados em alguns parques“.
“Atualmente, as avenças de residentes em parques da EMEL registam valores diferentes por parque, existindo avenças que podem ascender aos 85 euros. A CML esclarece que quem usufrui de uma avença de valor inferior a 46,3 euros manterá o valor que paga atualmente”. Contudo, os novos subscritores de avença mensal pagarão o valor tabelado (e uniformizado para toda a cidade, garante a autarquia) de 46,3 euros, o que, na prática, implica um aumento de rendimento para a EMEL nos parques onde o regime atual tem preços mensais para residentes mais baixos.
No caso dos lugares nas ruas da cidade, “não se prevê atualização das tarifas”, explica a autarquia.
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