Da gastronomia à natureza, os trunfos que os municípios levam à Fitur
De Norte a Sul do país, municípios acenam aos visitantes da Fitur, em Madrid, com os melhores ativos turísticos das regiões para alavancar a economia local.
Colocar o território no mapa do turismo internacional, acenando com o que de melhor existe em cada uma das regiões para captar cada vez mais visitantes, de modo a alavancar a economia local. É este um dos grandes objetivos que leva cada vez mais municípios portugueses a participar, a partir desta quarta-feira, na Feira Internacional de Turismo (Fitur) de Madrid.
Cada concelho usa os melhores trunfos que tem, como as únicas e memoráveis experiências que pode proporcionar, para estar sob os holofotes daquela que é considerada a maior feira de turismo da Península Ibérica e uma das mais importantes da Europa. E algumas das autarquias até juntam sinergias, “numa parceria inédita”, para apresentar uma estratégia conjunta, como acontece com as quatro comunidades intermunicipais (CIM) da região Centro do país – Leiria, Coimbra, Beiras e Serra da Estrela, e Viseu Dão Lafões.
“Juntos, conseguimos apresentar uma proposta turística integrada que destaca as singularidades de cada território, consolidando a nossa posição como um destino de referência no mercado ibérico”, começa por assinalar Fernando Ruas, presidente da CIM Viseu Dão Lafões.
Até 26 de janeiro, as quatro CIM avançam com uma estratégia comum na 45.ª edição da Fitur “com o objetivo de reforçar a notoriedade do território enquanto destino turístico diferenciador”, nota, por sua vez, Emílio Torrão, presidente da CIM Região de Coimbra. E os municípios têm razões de sobra para o fazer. Até porque, “este tipo de iniciativas reforça o posicionamento internacional da região e o seu atrativo no competitivo mercado turístico global”, justifica Gonçalo Lopes, na liderança da comunidade da Região de Leiria.
Juntos, conseguimos apresentar uma proposta turística integrada que destaca as singularidades de cada território, consolidando a nossa posição como um destino de referência no mercado ibérico.
Igualmente Luís Tadeu, responsável pela CIM da Região Beiras e Serra da Estrela, considera tratar-se de “uma oportunidade ímpar para destacar o papel [destas regiões] no mapa turístico ibérico europeu e reforçar a visibilidade dos territórios conhecidos pela sua tradição cultural e histórica, gastronomia, natureza e aventura e saúde e bem-estar”.
Num espaço comum, as quatro comunidades vão dar a conhecer os diversos ativos turísticos, como o enoturismo e as experiências de referência do território. Tempo ainda para conquistar os turistas pelo paladar com momentos para degustação de queijos e vinhos dos quatro territórios, bem à semelhança do que outras regiões do país vão fazer nesta 45.ª edição da Fitur.
Também a Comunidade Intermunicipal do Alto Tâmega e Barroso (CIMAT), uma estreia neste certame, visa posicionar-se como um destino de excelência para experiências de gastronomia, enoturismo e natureza.
“Além de promover os nossos ativos, geramos impactos positivos na economia local, estimulando o crescimento do turismo e do comércio regional”, afirma Ramiro Gonçalves, primeiro secretário da CIMAT. Esta comunidade integra os municípios de Boticas, Chaves, Montalegre, Ribeira de Pena, Valpaços e Vila Pouca de Aguiar.
Queremos mostrar ao mundo que o Oeste é muito mais do que um destino, é uma experiência autêntica que combina tradição, inovação e hospitalidade.
Desde a Feira de Sabores e o Festival Gastronómico (Chaves), passando pelo icónico Vinho dos Mortos e o Boticas Parque (Boticas) até à apresentação da Festa de São Brás e as Carranhosas – considerados ícones da identidade cultural local de Ribeira de Pena –, e os fumeiros de Montalegre, muitos são os ativos que esta região mostra neste certame.
Além de dar a conhecer os produtos turísticos e conquistar visibilidade internacional, as autarquias pretendem ainda “fortalecer a rede de contactos e parcerias com operadores turísticos e investidores”, detalha Ramiro Gonçalves.
Depois de, na edição de 2023, ter contabilizado a visita de 250.000 pessoas no seu stand, a OesteCIM volta a pisar território madrileno para acenar com os produtos, as paisagens, as praias e a gastronomia para captar mais visitantes e investimento no território.
“Queremos mostrar ao mundo que o Oeste é muito mais do que um destino, é uma experiência autêntica que combina tradição, inovação e hospitalidade”, frisa o presidente da OesteCIM, Pedro Folgado. Esta comunidade representa os concelhos de Alcobaça, Alenquer, Arruda dos Vinhos, Bombarral, Cadaval, Caldas da Rainha, Lourinhã, Nazaré, Óbidos, Peniche, Sobral de Monte Agraço e Torres Vedras.
Mais a Norte, Gondomar vai a Madrid, pelas mãos do Turismo de Portugal, reafirmar a filigrana, classificada no inventário nacional como património cultural imaterial e um ícone deste território. Em destaque estará a Rota da Filigrana com a mestria das artesãs do ofício desta técnica secular.
Em 2024, a Fitur registou 153 mil profissionais e 97 mil visitantes do público em geral.
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