Cascais deverá duplicar recolha de óleos alimentares com sistema inovador

A câmara de Cascais calcula recolher 50 m3 de óleos alimentares usados em todo o concelho, o dobro de 2024, com um novo sistema que recorre a tecnologia de ponta.

Apresentação do novo sistema de recolha de óleos alimentares usados em Cascais31 janeiro, 2025

O município de Cascais vai instalar uma rede de 100 novos oleões em todo o concelho, equipados com sensores de enchimento que emitem alertas para recolha, permitindo ainda a geolocalização. Com este novo sistema, a autarquia pretende duplicar, este ano, as quantidades de óleos alimentares usados (OAU) recolhidas em 2024 e, desta forma, contribuir para uma maior sustentabilidade ambiental no concelho.

Com esta tecnologia de ponta, a câmara de Cascais calcula recolher 50 metros cúbicos (m3) de óleos alimentares usados no concelho, o dobro dos 25 m3 recolhidos em 2024, potenciando, assim, o mercado de reciclagem deste produto e a economia circular através da transformação industrial. “Um litro de óleo alimentar usado pode ser convertido em cerca de 0,8 litros de combustível verde”, detalha a autarquia num comunicado. Acresce ainda a utilização na produção de alimentos para animais, detergentes, cosméticos, plásticos, moldes.

A redução do vazamento deste produto para os esgotos domésticos, com risco de contaminação de águas e solos, é outra das mais-valias deste projeto.

A autarquia encara a sustentabilidade como uma alavanca para o desenvolvimento estratégico.

Nuno Piteira Lopes

Vice-presidente da Câmara Municipal de Cascais e responsável pelo pelouro do Ambiente

Entretanto, a autarquia já tem um teste-piloto em execução na zona de Carcavelos-Parede, onde está a distribuir kits de gelificação que garante tratar-se de uma solução inovadora para solidificar o óleo. E já tem alguns resultados em mão que demonstram a eficácia do projeto. “Nos oleões abrangidos pelo piloto de solidificação dos óleos, verificou-se um aumento de 12% da quantidade total de óleo recolhido, face ao período imediatamente anterior”, detalha a autarquia.

Segundo o município, antes da implementação deste projeto, apenas 10% do óleo alimentar utilizado pelos agregados familiares foi depositado nos equipamentos de recolha de óleos alimentares usados.

Por tudo isto, Nuno Piteira Lopes, vice-presidente da Câmara Municipal de Cascais, acredita haver razões de sobra para avançar com este novo sistema no concelho. “O município assume a implementação de projetos pioneiros sem receios, um facto que centra no trabalho da câmara de Cascais a atenção de outros municípios que, à semelhança do que acontece com mais projetos, olham para Cascais como o exemplo a seguir”, assinalou o também responsável pelo pelouro do Ambiente, durante a apresentação deste sistema.

Projeto com kits de gelificação para solidificar o óleo alimentar usado.

Nesta iniciativa, que contou com a presença do secretário de Estado do Ambiente, Emídio Sousa, o número dois da câmara de Cascais referiu ainda que “a autarquia encara a sustentabilidade como uma alavanca para o desenvolvimento estratégico” do concelho.

Além dos sensores de alerta, os oleões do futuro projeto estão equipados com painéis solares para garantir o seu funcionamento sustentável.

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