Salário médio na Madeira aumentou 29% entre 2015 e 2024. É “evidência indesmentível”, diz Albuquerque
“É bom desmistificar esta ideia de que o crescimento do PIB na Madeira não tem impacto na vida das pessoas”, diz o presidente do Governo Regional em gestão, falando numa “evidência indesmentível".
O salário mensal bruto médio na Madeira aumentou 29% entre 2015 e 2024, passando de 1.143 euros para 1.475 euros, indicou esta quinta-feira o presidente do Governo Regional em gestão, Miguel Albuquerque, sublinhando que se trata de uma “evidência indesmentível”.
“É bom desmistificar esta ideia de que o crescimento do PIB na Madeira (…) não tem impacto na vida das pessoas”, afirmou.
Miguel Albuquerque, que falava à margem de uma visita a uma empresa, no Funchal, disse que os dados estatísticos contrariam o “recorrente discurso da oposição”, que insiste em afirmar que o aumento do Produto Interno Bruto (PIB) regional não se traduz em ganhos para as famílias, apesar de ter atingido o valor recorde de 7.122 milhões de euros em 2024.
“O que é importante é olharmos os dados estatísticos”, disse, para logo reforçar: “Os dados apontam para esta evidência, isto é uma evidência que é indesmentível. A remuneração bruta mensal dos trabalhadores, em média, na Madeira, aumentou 29% entre 2015 e 2024”.
O chefe do executivo social-democrata explicou que, deduzindo a inflação neste período, o ganho em termos do salário médio bruto se situa entre 19,5% e 20%, tendo passado de 1.143 euros para 1.475 euros.
“Tudo isto tem a ver com a intervenção que o Governo também teve na negociação dos contratos coletivos”, disse, esclarecendo que só em 2023 foram negociados 59 contratos coletivos de trabalho.
Miguel Albuquerque lidera o executivo madeirense desde 2015 e é novamente o cabeça de lista do PSD nas eleições legislativas antecipadas de 23 de março.
O Governo Regional minoritário do PSD foi derrubado em 17 de dezembro de 2024 com a aprovação da moção de censura apresentada pelo Chega, que a justificou com as diferentes investigações judiciais envolvendo o chefe do executivo e quatro secretários regionais, todos constituídos arguidos. Entretanto, o inquérito de um deles – Eduardo Jesus, secretário de Economia, Turismo e Cultura – foi arquivado pelo Ministério Público.
A aprovação da moção de censura, inédita no arquipélago, implicou, segundo o respetivo o Estatuto Político-Administrativo, a demissão do Governo Regional, constituído em 06 de junho do mesmo ano, que permanecerá em funções até à posse do novo executivo.
Face a esta situação política, e depois de convocar o Conselho de Estado, em 17 de janeiro, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, anunciou a decisão de dissolver o parlamento madeirense e convocar novas eleições regionais antecipadas em 23 de março – o terceiro sufrágio em cerca de um ano e meio.
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