Município de Ílhavo reduziu dívida em quase 60%
Município de Ílhavo diz que abdicou, durante este mandato, de um incremento de receita municipal de cerca de dois milhões de euros em IMI e 1,5 milhões de euros em IRS, dos quais 1,2 milhões em 2024.
Em três anos a Câmara Municipal de Ílhavo conseguiu reduzir a dívida em quase 60%, passando de 9,2 milhões de euros em 2021 para 3,9 milhões em 2024, avançou esta quarta-feira o município liderado por João Campolargo depois de ver aprovado o Relatório e Contas de 2024 pela Assembleia Municipal.
“A responsabilidade financeira do município é demonstrada pela redução expressiva da dívida, onde se incluem as dívidas a fornecedores e empréstimo bancário, que passou de 9,2 milhões de euros em 2021 para 3,9 milhões de euros em 2024, ou seja, em quase 60%”, contabiliza esta autarquia do distrito de Aveiro num comunicado.
Ainda assim, a autarquia gastou 11,8 milhões de euros com pessoal devido à “atualização salarial imposta por lei e do reforço da estrutura de recursos humanos”, justifica. Esta despesa ascende aos 31,7 milhões de euros entre 2022 e 2024.
Já o “investimento público totalizou, em 2024, 40 milhões de euros, englobando tanto o financiamento obtido através de fundos externos como o investimento próprio do município”, detalha o presidente da Câmara Municipal de Ílhavo no Relatório e Contas 2024, citado na mesma nota.
O investimento público totalizou, em 2024, 40 milhões de euros, englobando tanto o financiamento obtido através de fundos externos como o investimento próprio do município.
A propósito da rubrica dos investimentos, o autarca elenca a conclusão dos “procedimentos de importantes obras na área da educação e da saúde que já se encontram em marcha, nomeadamente a reabilitação da Escola Secundária Dr. João Carlos Celestino Gomes, Escola Básica José Ferreira Pinto Basto (Ílhavo) e Escola Básica Professor Fernando Martins (Gafanha da Nazaré)”.
Já na área da saúde, João Campolargo aponta a reabilitação e ampliação do Centro de Saúde de Ílhavo, e a reabilitação da Extensão de Saúde da Gafanha da Nazaré.
Só em 2024 o município gastou 4,2 milhões na área dos resíduos sólidos, 3,1 milhões na educação, 1,7 milhões na cultura e igual montante no desporto. Destinou 1,5 milhões para a ação social e outros 1,1 milhões para a habitação.
Entre 2022 a 2024, o município registou 72 milhões de euros (28 milhões em 2024) de despesas correntes e 29 milhões de euros (12 milhões em 2024) de despesas de capital. “Este esforço financeiro tem sido realizado em simultâneo com uma política de alívio fiscal às famílias do concelho, através da redução continuada da taxa de IMI [Imposto Municipal Sobre Imóveis] – atualmente no mínimo legal – e da devolução de parte do IRS aos munícipes, com a fixação da taxa de participação municipal em 4% face ao máximo de 5%”, explana a autarquia.
O município diz que abdicou, durante este mandato, de um incremento de receita municipal de cerca de dois milhões de euros em IMI e 1,5 milhões de euros em IRS, dos quais 1,2 milhões apenas no ano de 2024.
A autarquia registou 34 milhões de euros de receitas correntes e 9,5 milhões de euros de receitas de capital em 2024.
Segundo o autarca João Campolargo, a estabilidade orçamental “só foi possível graças a uma gestão rigorosa e eficiente dos recursos públicos, orientada pelo interesse coletivo”.
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