Moedas critica Pedro Nuno: “Pensei que com este resultado o PS teria aprendido que é necessário diálogo”
Presidente da câmara de Lisboa considera que Pedro Nuno Santos demonstrou "revanchismo". Montenegro está disponível para diálogo, afirma Carlos Moedas.
O presidente da Câmara Municipal de Lisboa comentou nesta segunda-feira, à margem da conferência de imprensa de apresentação da ARCOLisboa – Feira Internacional de Arte Contemporânea, os resultados eleitorais das legislativas realizadas no domingo, em que a AD venceu sem maioria absoluta e o Chega praticamente igualou o PS. Carlos Moedas considera que “os portugueses foram claros, querem estabilidade, querem este Governo e querem este primeiro-ministro”.
Convidado a posicionar-se sobre futuros entendimentos para formar Governo, Moedas referiu que deve ser dada à AD “estabilidade governativa”. O autarca eleito em 2021 pela coligação Novos Tempos, liderada pelo PSD, defende, apontando ao PS, um “diálogo nos dois sentidos”. “Não podemos esperar que o diálogo seja apenas do Governo com a oposição, mas também um diálogo franco da oposição com o Governo. É verdade que aquele que foi o discurso do atual líder do PS ontem não vai nesse sentido, e é preocupante que não vá nesse sentido. Pensei que com este resultado o PS teria aprendido que é necessário esse diálogo. Senti no discurso do atual líder do PS de certa forma algum revanchismo, e de certa forma o ir não nesse sentido, que é o sentido do diálogo. E o primeiro-ministro está aberto a esse diálogo, mas ele tem que ser nos dois sentidos”.
Sobre o Chega, considera que “os portugueses foram claros, querem um Governo, um primeiro-ministro e reforçaram essa maioria. Essa maioria é feita por um programa moderado de alguém que quer, como Luís Montenegro, mudar e reforçar o país”. Já a votação alcançada pelo partido de André Ventura revela um afastamento dos cidadãos face à política, considera Moedas: “É uma reflexão que todos temos de fazer, como a política deve ser feita para que as pessoas não se sintam afastadas da política, porque muitos desses votos são votos de pessoas que estão muito descontentes, já não querem saber da política, nem dos políticos”.
O autarca de Lisboa deixou ainda um apelo, em nome dos que designa de moderados: “Não nos deixemos ir por um caminho em que as pessoas se afastam das instituições e as querem destruir”.
Eleito para um primeiro mandato em 2021, contra a candidatura do PS encabeçada por Fernando Medina, e ainda sem esclarecer se concorrerá a um segundo mandato, Moedas foi instado a comentar o possível impacto dos resultados das legislativas sobre a já anunciada candidata do PS a Lisboa: “Isso terá que perguntar à Alexandra Leitão. A política autárquica, mais ainda que política nacional, é política de proximidade, de resolver os problemas às pessoas, é uma política que é, de certa forma, até unipessoal. As pessoas identificam-se no seu presidente da câmara, no líder da sua autarquia, porque esse líder tem que estar acima dos partidos políticos”.
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