Aldeias de Xisto apostam em nova identidade visual
Aldeias do Xisto têm uma nova identidade visual e posicionamento com o propósito de atrair e fixar ainda mais pessoas, para alavancar o desenvolvimento social e territorial sustentável das 27 aldeias.
Atrair e fixar pessoas no território, proteger as comunidades locais, criar economia, comercializar e internacionalizar o conceito das Aldeias de Xisto. São estes os grandes objetivos da nova identidade visual e posicionamento que, esta tarde, é lançada, assente nos eixos visitar e usufruir, criar e aprender, viver e investir com o propósito de reforçar a identidade e tudo o que gira à volta do conceito Aldeias do Xisto.
Trata-se de “reforçar, desdobrar e especializar essa atratividade, refrescando a imagem e revitalizando os argumentos, para que espelhem a real, abrangente e diversificada atuação da marca Aldeias do Xisto”, lê-se no documento de apresentação desta nova estratégia a que o ECO Local Online teve acesso.
Esta nova identidade visual, desenvolvida pelo Atelier Nunes e Pã, “é uma progressão do símbolo existente – a casa, já com 15 anos -, à qual foi agora dada uma continuidade com uma visão de modernidade que evidencia a tendência para a sustentabilidade e para a experiência positiva que a marca quer deixar em todos os que com ela contactam”, descreve Bruno Ramos, coordenador da ADXTUR – Agência para o Desenvolvimento Turístico das Aldeias do Xisto.
Esta nova identidade visual apresenta, assim, alterações no logótipo, modernizando-o, e no site da ADXTUR que tem novas funcionalidades. A expressão “Aldeias do Xisto” apresenta um estilo mais moderno, com “a letra X a afirmar-se como um convite à descoberta dos tesouros do território”, descreve Bruno Ramos. “O X é o elemento unificador, multiplicador, de ligação entre as áreas temáticas e as palavras de orientação”, lê-se na apresentação.
Bruno Ramos explica ainda que “a marca não é só um símbolo”. É muito mais do que isso. “É um repositório dos valores das Aldeias do Xisto”, sublinha, destacando que, nestes últimos anos, a marca tem-se vindo a afirmar muito pela vertente turística, mas também “começa a atrair investimentos, novas formas de viver” que contribuem para a promoção da cultura e do património do mundo rural, além da criação de riqueza económica.
Muitos dos 2500 habitantes das 27 aldeias da rede das Aldeias do Xisto dedicam-se, por isso, a atividades económicas do setor do turismo, comércio ou agricultura, segundo o coordenador da ADXTUR. Estas 27 aldeias localizam-se no centro de Portugal, num território de 5.000 quilómetros quadrados, dividido em quatro unidades territoriais – Serra da Lousã, Serra do Açor, Zêzere e Tejo-Ocreza. “O orçamento anual das Aldeias de Xisto ronda um milhão de euros para toda a atuação da marca”, revela o responsável ao ECO Local Online.
Com esta nova identidade visual, a ADXTUR pretende “transmitir o vigor do impulso e o espírito da marca Aldeias do Xisto” e evidenciar “temas como tradição, hábitos, fauna, flora, pessoas, comunidade, gastronomia, desporto, natureza”, resume Bruno Ramos. “O posicionamento estratégico da marca Aldeias do Xisto, refletido na sua nova identidade visual, não é, porém, uma rutura. A sua herança é a mesma, a base social estável e os seus valores de responsabilidade, mundividência, experimentação e ativismo mantêm-se”, lê-se no mesmo documento.
Trata-se, assim, de uma “estratégia que não vai esquecer o ADN da marca, a comunidade, a natureza e cultura, a experimentação e o desenvolvimento local. A defesa de um modo de vida próprio no contexto destas aldeias, com estas pessoas, é o ponto fixo a partir do qual se olha e se dá ao mundo”, lê-se no mesmo documento.
Desde que o projeto foi criado, em 2000, já foram recuperados 500 edifícios, entre casas e equipamentos, avança Bruno Ramos, adiantando que se “conseguiu dar a conhecer uma zona do país esquecida e desconhecida”. Este projeto contempla 230 entidades, públicas e privadas, de entre as quais 23 municípios, três Comunidades Intermunicipais, sete Grupos de Ação Local e mais de 150 empresas a atuar no território.
A ADXTUR aposta ainda no formato de laboratório, “cruzando diferentes saberes, técnicas (artesanais e digitais) e públicos (artesãos e alunos), envolvendo pequenas unidades industriais e familiares, através de uma metodologia projetual”, lê-se no site da marca.
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