MotoGP gera impacto económico de 40 milhões no Algarve
Os presidentes da Câmara Municipal de Portimão e da Região de Turismo do Algarve calculam em 40 milhões de euros o impacto económico gerado pelo evento mundial MotaGP na região algarvia.
O Grande Prémio de Portugal de MotoGP, que decorre este fim de semana no Autódromo Internacional do Algarve, deverá gerar um impacto económico, na região, superior a 40 milhões de euros, a julgar pela elevada procura por dormidas, calculam ao ECO os presidentes da Câmara Municipal de Portimão e da Região de Turismo do Algarve, Isilda Gomes e João Fernandes, respetivamente. Posicionar a região no mapa internacional é outro dos feitos desta iniciativa que atrai 150 mil pessoas à região.
Apesar de esta competição ocorrer no interior algarvio e antes da Páscoa — época de enchente de turistas no Algarve –, acaba por atrair uma elevada afluência de aficionados pelo motociclismo de velocidade. Das 150 mil pessoas esperadas na região, “mais de 70 mil serão espetadores no Autódromo”, calcula o presidente da Região de Turismo do Algarve. João Fernandes estima, por isso, um “retorno económico de 40 milhões de euros de consumo direto na região”, distribuído entre os gastos em “alojamento, deslocações, alimentação, bilhete do MotaGP e consumos no comércio da região”.
A autarca socialista realça, por sua vez, que este elevado consumo ocorre não só em Portimão, como também nas regiões limítrofes situadas entre Vilamoura e Sagres. Para Isilda Gomes, “mesmo em época baixa, este é um fim de semana em cheio, porque esgota a capacidade hoteleira não só em Portimão como também nos concelhos limítrofes”, adiantando que “é dos eventos mais divulgados a nível mundial e com maior número de assistência”.
Mesmo em época baixa, este é um fim de semana em cheio, porque esgota a capacidade hoteleira não só em Portimão como também nos concelhos limítrofes.
Esta competição de motociclismo de velocidade acarreta, por isso, grande importância e “tem um valor incalculável” para Portimão pelo facto de “projetar este concelho, que é turístico por excelência, em todo o mundo”, frisa a autarca socialista. Além de “gerar uma antecipação da época alta” de tal forma que está quase esgotada a capacidade hoteleira das zonas limítrofes do Autódromo Internacional do Algarve, numa área geográfica desde Sagres a Vilamoura, destaca, por seu turno, João Fernandes.
“Temos uma expectativa de uma ocupação turística com taxas elevadas entre Vila Moura e Sagres, estando montados todos os ingredientes para ser um evento com um grande impacto na notoriedade de um destino que é a região algarvia”, nota o presidente da Região de Turismo do Algarve. Entre os mercados com maior afluência estão Espanha, França, Itália, Reino Unido e Alemanha.
Os atores económicos da região algarvia estão, por isso, satisfeitos com a elevada afluência dos adeptos de corridas de motos que contribuem para um fecho em alta da época baixa do turismo.
Temos uma expectativa de uma ocupação turística com taxas elevadas entre Vila Moura e Sagres, estando montados todos os ingredientes para ser um evento com um grande impacto na notoriedade de um destino que é a região algarvia.
O interesse por esta iniciativa aumenta de tom, mais ainda porque “é a primeira prova do calendário deste ano de MotoGT que tem um formato mais dinâmico e tem uma motivação adicional que é o português Miguel Oliveira“, realça João Fernandes.
Para o responsável pela Região de Turismo do Algarve, esta “modalidade está em crescendo em termos de exposição mediática e vem reforçar, a nível internacional, um autódromo que tem uma pista com uma particularidade especial — a chamada montanha-russa que provoca grandes emoções a quem vê e quem conduz nela”. Além do impacto económico, é de notar também o retorno mediático com “as transmissões televisivas que chegam a mais de 400 milhões de lares em todo o mundo, com mais de 30 mil horas de transmissão televisivas“, frisa.
Durante uma conferência de imprensa, esta semana, Paulo Pinheiro, administrador do Autódromo Internacional do Algarve, considerou ser uma “responsabilidade” o facto de, pela primeira vez desde 2006, o Campeonato do Mundo começar na Europa, neste caso em Portugal. “Para este ano temos cerca de 50 autocarros a fazer os transfers de Portimão e de Lagos para o circuito, além dos autocarros que fazem a distribuição do público à volta das bancadas para facilitar também o processo de ingresso na bancada”, adiantou.
O MotoGP é considerado a categoria rainha do Mundial de motociclismo de velocidade, cujo campeonato de 2023 arranca em Portugal, este fim de semana, terminando em 26 de novembro, em Valência.
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