Marcelo está “feliz” e Vieira da Silva confiante. Execução do PRR chega aos 12%

Com 1,92 mil milhões pagos aos beneficiários finais, execução do PRR atinge 12% de execução. Mas execução medida pelo cumprimento de metas e marcos desce de 17% para 12% com a reprofeamação.

As empresas receberam 70 milhões de euros do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) na última semana, colocando a fasquia da execução medidas pelos pagamentos aos beneficiários finais nos 12%. De acordo com o último relatório de monitorização, de 24 de maio, foram pagos 1,92 mil milhões de euros aos beneficiários finais e submetidas apenas mais 22 candidaturas.

 

Fico feliz quando vejo que chegaram aos beneficiários finais 1.900 milhões e já não 1.800 ou 1.700 milhões como acontecia há uns meses. Fiquei mais feliz. É uma oportunidade que pode ser única na situação do mundo e da Europa”, disse Marcelo Rebelo de Sousa.

Mas esta palavras não são um sinal alívio da pressão sobre o Governo já que na mesma intervenção disse que “quando o poder entra em descolagem em relação ao povo não é o povo que muda, é o poder que muda”.

Gerir bem os fundos não é para ter sucesso político imediato para uns ou para outros. É para o país ter sucesso a médio e a longo prazo”, avisou ainda o Presidente da República no segundo aniversário da Associação empresarial do Minho, com a ministra Ana Abrunhosa na primeira fila da plateia. Foi a ministra da Coesão que personificou, há seis meses, um dos ataques mais violentos do Chefe de Estado ao Governo em matéria de fundos: Um dia “super infeliz” será “o dia em que descubra que a taxa de execução dos fundos não é a que deveria ser e nesse caso não lhe perdoo”.

Mariana Vieira da Silva, horas antes das palavras do Presidente, na apresentação da reprogramação do PRR na sexta-feira, fez questão de sublinhar a confiança do Executivo na capacidade de execução da bazuca e deu precisamente o exemplo do pagamento aos beneficiários finais ter chegado aos 12% como um sinal de que está tudo a correr bem.

“A demonstração máxima do empenho e foco do empenho do Governo na implementação do PRR é o facto de estarmos hoje [sexta-feira] a apresentar, não como muitos disseram um reconhecimento de incapacidade de execução, mas muito contrário, um aumento da ambição, uma demonstração de que temos condições até para aumentar a verba do PRR que temos para executar”, disse a ministra da Presidência.

No entanto, a ministra que tem a tutela global dos fundos europeus recordou que a taxa de execução (medida com base nas metas e marcos cumpridos) presentemente nos 17%, após o cumprimento de 58 metas e marcos, vai ser revista em baixa para 12% tendo em conta que o PPR nacional, agora reprogramado, implica o cumprimento de 501 metas e marcos e não 341.

“Aumentando a verba [total], a parte já executada diminui em termos de peso. Ao aumentar o denominador, diminuiu o peso que cada um destes anos tem”, disse Mariana Vieira da Silva. “Tínhamos executados 17% das 341 metas que existiam. Ao passar para 501, naturalmente há uma diferença, passam a ser de 12%”, precisou.

A ministra da Presidência precisou ainda que “ao cumprir as mesmas 52 metas e marcos previstas para os terceiro e quarto pedidos de pagamento”, que serão feitos este ano em simultâneo, “em vez de cumprir 15% do total, passam a ser 10%”.

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