É no Norte do país que se vivem mais anos

Foi nesta região que o INE registou a esperança de média de vida à nascença e aos 65 anos mais elevada para o triénio 2020-2022.

A população do norte vive mais anos em comparação com os residentes das restantes regiões do país, segundo o relatório do Instituto Nacional de Estatística (INE) sobre as tábuas de mortalidade para o triénio 2020-2022 divulgado esta quinta-feira. A esperança de vida à nascença em Portugal, no triénio 2020-2022, foi estimada em 80,96 anos, sendo de 78,05 anos para os homens e de 83,52 anos para as mulheres, correspondendo, relativamente a 2019-2021, a um aumento de 0,01 anos para os homens e uma diminuição de 0,01 anos para as mulheres.

Por região NUTS II, acrónimo de nomenclatura de Unidades Territoriais para Fins Estatísticos, “a esperança de vida à nascença mais elevada registou-se na região norte, para o total da população (81,53 anos), para os homens (78,74 anos) e para as mulheres (84,02 anos)”, revela o INE.

Por subregião ou NUT III, foi no Cávado que se verificou a esperança de vida à nascença mais alta, tendo que esta foi a única zona do País que excedeu os 82 anos (82,26 anos).

Em contrapartida, as regiões Autónomas da Madeira e dos Açores foram aquelas onde se observaram valores mais baixos de esperança média de vida à nascença, tanto para o total da população (respetivamente, 78,77 e 78,04 anos), como para homens e mulheres.

As maiores diferenças de longevidade entre homens e mulheres também se verificaram nos dois arquipélagos: as mulheres podem esperar viver, em média, mais 6,94 anos nos Açores e mais 6,58 anos na Madeira do que os homens.

No norte e centro observaram-se as menores disparidades de longevidade entre sexos (5,28 e 5,42 anos, respetivamente).

Esperança média de vida aos 65 anos

Em termos globais, os idosos, com 65 anos, estão a viver mais tempo, tal como o gabinete de estatísticas já tinha adiantado em maio, no relatório que já integra os dados dos Censos de 2021. Assim, a esperança média de vida naquela idade, no período 2020-2022, foi estimada em 19,61 anos, corresponde a mais 0,31 anos, ou seja, 3,66 meses face à previsão anterior de 19,30 anos. Estes dados irão agravar, no futuro, quer a idade de acesso à reforma quer o corte pelo fator de sustentabilidade das pensões antecipadas.

Como a série estatística foi entretanto atualizada com os dados dos Censos de 2021, na comparação com o triénio anterior não há um aumento da esperança média de vida, mas antes uma estabilização nos 19,61 anos.

Por género e tendo em conta os novos dados, o relatório do INE indica que os homens podiam esperar viver 17,76 anos e as mulheres 20,98 anos, o que significa a uma ligeira diminuição (-0,01 anos) para o sexo masculino, não se verificando alteração em relação à população do sexo feminino.

Os residentes do norte do País com 65 anos vivem mais tempo do que os moradores de outras regiões. “Por NUTS II, no triénio 2020-2022, a esperança de vida aos 65 anos mais elevada registou-se na região norte, para o total da população (19,88 anos) e para os homens (18,17 anos)”, segundo o INE.

Já a esperança média de vida para as mulheres com 65 anos é mais elevada na região centro (21,24 anos).

Por NUTS III, as regiões Cávado e Viseu Dão Lafões registaram os valores mais elevados da esperança de vida aos 65 anos, respetivamente, 20,64 e 20,14 anos.

As maiores diferenças de longevidade aos 65 anos entre homens e mulheres, em 2020-2022, registaram-se na Madeira e nos Açores, onde as mulheres poderão viver em média,
respetivamente, mais 4,33 anos e mais 4,30 anos do que os homens.

No centro, verificou-se a menor diferença entre sexos (3,02 anos).

(Notícia atualizada às 11h49)

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