Credores da Coelima recebem 1,8 milhões. Banca com 16,4 milhões em risco

Massa insolvente da histórica têxtil de Guimarães prepara-se para pagar 58,8 mil euros a trabalhadores e 314 mil à Segurança Social. Os bancos recebem 1,4 milhões, mas ficarão por saldar 16,4 milhões.

Os credores da Coelima preparam-se para receber 1,8 milhões da massa insolvente, de acordo com a proposta de rateio parcial que o administrador judicial Pedro Pidwell entregou na semana passada no tribunal de Guimarães.

Os bancos vão receber a “fatia de leão”: 1,4 milhões de euros. Ainda assim, este dinheiro cobrirá apenas 7% dos créditos garantidos que BCP, Caixa Geral de Depósitos (CGD) e Novobanco têm sobre a histórica empresa têxtil vimaranense, que entrou em insolvência há mais de dois anos. Ficarão por saldar 16,4 milhões.

Reclamando um crédito de 7,4 milhões de euros, o Novobanco terá direito a um pagamento de 582,8 mil euros. Ainda terá a haver 6,8 milhões depois deste rateio. Quanto à Caixa e ao BCP, o administrador de insolvência propôs pagamentos de 438,3 mil euros e de 378,9 mil euros, ficando por pagar 5,2 milhões e 4,4 milhões dos créditos garantidos, respetivamente.

Em relação aos trabalhadores, a massa insolvente prevê 58,8 mil euros para o Fundo de Garantia Salarial, abrangendo cerca de duas dezenas de funcionários, enquanto o Instituto da Segurança Social receberá 314 mil euros.

No âmbito do processo de insolvência, a Coelima – fundada há mais de 100 anos e com cerca de 250 trabalhadores à data da falência – acabou por ser vendida à Mabera, uma têxtil do concelho vizinho de Famalicão, por pouco mais de 3,6 milhões de euros em junho de 2021.

É este montante que Pedro Pidwell tem na massa insolvente para avançar com este rateio de 1,8 milhões. Ou seja, terá outros 1,8 milhões para fazer um novo rateio, dinheiro que será insuficiente para satisfazer todos os credores.

A lista conta com cerca de 500 credores que reclamam créditos na ordem dos 50 milhões. Entre os principais credores da Coelima destacam-se os trabalhadores (que reclamam créditos de 10,8 milhões de euros), a Caixa (10,44 milhões), o Fundo Autónomo de Apoio à Concentração e Consolidação de Empresas (FACCE, que reclama 9,61 milhões), o Novobanco (7,4 milhões) e o BCP (4,8 milhões).

O ECO tentou contactar a Coelima, mas não obteve uma resposta até à publicação deste artigo.

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