BMW i5 eDrive40: Uma viagem ao futuro
A BMW tem-se esforçado para liderar na transição para a mobilidade elétrica, e o i5 é um exemplo dessa ambição ao aliar desempenho espacial, conforto de primeira classe e sustentabilidade ambiental.
- Este artigo integra a quinta edição do ECO magazine, que pode comprar aqui.
Inspirando-se tanto no sucesso do seu pioneiro elétrico, o i3, quanto no mais luxuoso e potente i8, o i5 visa combinar a praticidade necessária para o uso diário com a inovação tecnológica, sem perder nunca o conforto da condução e o desempenho — duas marcas reconhecidas da marca de Munique. Mas o modelo que o ECO testou vai um pouco mais longe que isto.
Arrancar numa viagem de vários quilómetros com a família num fim de semana chuvoso ao volante do BMW i5 eDrive40 é como ser protagonista de um episódio piloto de uma série sobre viagens futurísticas, onde os carros voam e os sonhos são movidos a eletricidade — embora, para desgosto dos pequenos, este ainda permaneça firmemente no asfalto.
O primeiro “uau”, de pequenos e graúdos, surge assim que se abre a porta e se deparam com o enorme tablier central que integra dois ecrãs, um de 12,3 polegadas (instrumentação) e um de 14,9 polegadas (info-entretenimento) com elevada definição para se ver um filme ou fazer um jogo em família.
Ao volante, o primeiro protagonista é… o silêncio. Ao ligar o motor, surge um silêncio tão profundo que leva as crianças a questionarem se o veículo está realmente ligado. Mas então vem a aceleração, que transforma cada saída da portagem numa experiência digna de um lançamento espacial, sobretudo depois de puxar a patilha “mágica” com a descrição boost, colocada do lado esquerdo por trás do volante de aro grosso (como é comum da BMW), ganhando com isso mais 20 Nm de binário por 10 segundos que elevam este automóvel de 2,2 toneladas com mais de cinco metros de comprimento dos 0 aos 100 quilómetros em apenas 6 segundos.
Sem surpresas, o i5 também não desilude no conforto. O interior é tão luxuoso que por momentos pode-se pensar ter entrado acidentalmente num ambiente mais apropriado para um voo transatlântico de primeira classe.
Sem surpresas, o i5 também não desilude no conforto. O interior é tão luxuoso que por momentos pode-se pensar ter entrado acidentalmente num ambiente mais apropriado para um voo transatlântico de primeira classe do que um veículo familiar, graças a uns bancos robustos com aquecimento, em pele sintética (com o pack M) e automaticamente reguláveis assim que se liga o botão start/stop e se coloca o cinto.
Apesar da plataforma modular do i5 não ter sido desenhada exclusivamente para veículos movidos a bateria (serve todos os modelos da Série 5, sejam a combustão, híbridos ou elétricos), o espaço interior é amplo para todos os ocupantes, permitindo debates animados sobre super-heróis sem o risco de conflitos físicos. No entanto, nem tudo é perfeito.
É certo que o i5 eDrive40 tenta ser tão ambientalmente consciente quanto possível, com 85% dos materiais a poderem ser reciclados e até 95% dos materiais poderem ser reutilizados. Contudo, a autonomia, apesar de generosa, traz a famosa “ansiedade de autonomia”, especialmente quando se planeiam viagens mais longas.
E, claro, o preço. O modelo testado pelo ECO pesa na carteira 75 mil euros mais IVA, elevando o preço final para quase 94 mil euros. É o custo a pagar para conduzir um carro de luxo que alia tecnologia e desempenho a um nível que nos atira, por breves momentos, até um futuro empolgante. E isso é algo quase inestimável. Bem, quase.

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