“No corredor da morte? Pedia as petingas com arroz de tomate da mãe Bastos”

  • Rita Ibérico Nogueira
  • 27 Dezembro 2024

Pedro Pena Bastos nasceu no Porto, mas foi em Lisboa que encontrou o seu caminho. Em 2019 instalou-se no CURA para trazer alegria e alma ao fine dining, sem truques escondidos na manga.

Ele é um dos mais promissores chefs de cozinha da nova geração. Está há 4 anos à frente do CURA, que lançou entre confinamentos e pandemia mas que, ainda assim, em oito meses conquistou uma estrela Michelin – ainda não tinha 30 anos. Pedro Pena Bastos passou pelas cozinhas do Belcanto, do Feitoria e do CEIA (que abriu sozinho em 2018 e que surgiu na lista dos 50 Melhores Restaurantes do Mundo de 2019) até se instalar no Ritz Four Seasons para trazer alegria e alma ao fine dining, sem truques escondidos na manga.

“Os ingredientes são a nossa inspiração, são o centro de tudo o que fazemos”, conta o chef, que escolhe a dedo pequenos produtores mas de grande qualidade, que lhe permitem criar combinações simples mas saborosas. A gastronomia não foi a sua primeira opção de vida. Em jovem, andou indeciso entre a microbiologia e a engenharia. Tinha uma banda musical, chamada People Driving Planes, onde tocava bateria. Por muito que gostasse de tocar – confessa que ainda adora! – cozinhar era, para si, a forma mais direta de dar felicidade aos outros. O chef que se perde por um chocolate e por utensílios de cozinha (são o seu vício consumista) contou à Fora de Série que o melhor livro que leu este ano conta a aventura do Noma (de René Redzepi) em Quioto, no Japão.

Quando precisa de se inspirar vai?

Viajar

Lema de vida?

Be kind

Faz alguma coleção?

Pessoas

Um guilty pleasure?

Chocolate

Um defeito imperdoável?

Falta de humildade

O que é para si o maior luxo?

Família e amor

Última coisa que comprou e adorou?

Uma frigideira da Hexclad

Um sítio que lhe diz muito?

Campo

O melhor livro que leu este ano?

Noma in Kyoto

Um ícone de estilo?

Sapatos

O que o faz rir?

O meu filho Vicente

No seu frigorifico há sempre…

Queijo e mostarda

Noutra vida foi…

Piloto de aviões ou médico

O melhor conselho que já recebeu?

A sorte depende só de nós

Prato que pedia se estivesse no corredor da morte?

Petingas com arroz de tomate da mãe Bastos

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