Municípios querem que STCP peça indemnização à Metro do Porto
Os municípios acionistas da STCP aprovaram um pedido formal de indemnização à Metro do Porto por causa do encerramento da linha 22 do elétrico, suspensa devido às obras de construção da Linha Rosa.
Os municípios acionistas da STCP aprovaram um pedido formal de indemnização à Metro do Porto por causa do encerramento da linha 22 do elétrico, suspensa devido às obras de construção da Linha Rosa, adiantou fonte da empresa à Lusa.
De acordo com fonte oficial da Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP), os seis municípios acionistas “deliberaram mandatar a empresa para avançar com um pedido formal de indemnização à Metro do Porto, devido aos prejuízos financeiros provocados pelo encerramento prolongado da linha de elétrico n.º 22”.
Os acionistas estiveram reunidos em assembleia-geral para aprovação das contas de 2024 da STCP, tendo a proposta de indemnização à Metro do Porto partido “do presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira”, e sido “aprovada por unanimidade”, segundo a STCP.
O município do Porto é o acionista maioritário da empresa intermunicipal (53,69%), sendo as restantes participações divididas entre os outros cinco concelhos onde a STCP opera, com 12,04% do capital pertencente a Vila Nova de Gaia, 11,98% a Matosinhos, 9,61% à Maia, 7,28% a Gondomar e 5,40% a Valongo.
“A decisão foi justificada pelo impacto significativo que o encerramento da linha — inativa desde finais de 2021 — tem tido nas contas da empresa e, por consequência, nas obrigações de serviço público assumidas pelos acionistas. A indemnização será pedida com efeitos retroativos a 01 de janeiro de 2024”, de acordo com a STCP.
Segundo a empresa liderada por Cristina Pimentel, “a linha 22 deveria ter retomado operação no final de 2023, segundo os prazos inicialmente definidos”, mas a sua reabertura foi “sucessivamente adiada” e não há “nova data oficial” para tal suceder.
O elétrico 22 faz a ligação entre o Carmo e a Batalha, passando pela Rua dos Clérigos e Praça da Liberdade, uma zona ainda afetada pelas obras de construção da Linha Rosa do Metro do Porto, que vai ligar São Bento à Casa da Música.
“A STCP estima que os prejuízos em 2024 ascendam a cerca de um milhão de euros, combinando a perda de receita direta e os custos adicionais com policiamento para garantir a operação da linha 18”, refere a transportadora.
Ainda segundo a mesma fonte da STCP, “de acordo com cálculos internos, a linha 22 representava cerca de 30% da faturação da operação de elétricos, que foi de 2,5 milhões de euros no ano de 2024”.
“Esta quebra de receita, estimada em 750 mil euros, soma-se a encargos adicionais na ordem dos 240 mil euros com policiamento para que a linha possa operar parcialmente em contra sentido, resultando numa estimativa global de perdas próxima de um milhão de euros”, contabiliza a STCP, que “irá agora formalizar o pedido de indemnização junto da Metro do Porto”.
Contactada pela Lusa, fonte oficial disse que o assunto ficará “sem comentários por parte da Metro do Porto”.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
Municípios querem que STCP peça indemnização à Metro do Porto
{{ noCommentsLabel }}