Defesa vai reforçar Força Aérea com helicópteros Black Hawk para emergência médica

O anúncio foi feito por Nuno Melo, ministro da Defesa, esta quarta-feira em audição no Parlamento. Governo está em "fase final de negociações" para a instalação no país de uma fábrica de munições.

A Força Aérea vai ser reforçada já no próximo ano com mais quatro helicópteros Black Hawk com recurso ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), afirma Nuno Melo, ministro da Defesa, esta quarta-feira na audição conjunta da Comissão de Defesa e da Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública do Orçamento de Estado de 2026. Portugal vai ter uma “fábrica de munições”, garante o ministro, afirmando que o orçamento da Defesa irá atingir 2% do PIB já no próximo ano.

“Com recurso a PRR estamos a adquirir quatro helicópteros que serão Black Hawk, entregues até ao final de agosto de 2026 e que serão utilizados no apoio à emergência médica em Portugal”, diz o ministro da Defesa, classificando a decisão como um “reforço da capacidade estratégica do Estado em áreas sensíveis”.

“O Estado será dotado de mais um meio acessório que será colocado à disposição dos portugueses em ações de emergência média”, disse.

“Estamos a operar a muita mais modernização de equipamentos no Exército, na Marinha, na Força Aérea”, referiu ainda, elencando vários reforços de compra de equipamentos para os três ramos das Forças Armadas, como veículos blindados, defesa antiaérea, obuses, satélites ou drones.

Nesse reforço de capacidade, o ministro da Defesa admite que nos planos está a compra de novas fragatas. “Estamos ativamente neste momento a pensar na aquisição de novas fragatas, modernas”, disse o ministro.

Envolvimento da indústria nacional nas aquisições

“As nossas escolhas têm também como critério, em todos os equipamentos, o retorno que isso pode significar para Portugal“, afirma Nuno Melo. “Em cada equipamento tentamos saber, qual é o equipamento que traz mais retorno às indústrias portuguesas, mais retorno à economia nacional”, diz ainda. “E isso pesa, no final, com o que temos de decidir”, afiança.

Nesse contexto, o ministro da Defesa adianta que está a ser negociado a instalação de uma fábrica de munições o país. “Vamos ter uma fábrica de munições em Portugal, através da incorporação de alta tecnologia, vamos começar por calibres pequenos, mas nos quais a Europa é largamente deficitária”, referiu o ministro. “Vai ser uma fábrica de munições moderna, tendo como parceira uma empresa altamente tecnológica. Estamos neste momento na fase final das negociações para esse propósito”, disse ainda.

“Em próximas audições teremos outras empresas que se estão a instalar e a consolidar”, referiu ainda o governante sem mais detalhes.

Sem igualmente avançar detalhes, o ministro da Defesa garante que estão a ser procuradas soluções para o Arsenal do Alfeite. “Queremos que seja capaz e eficaz para que seja capaz de cumprir com o que lhe é solicitado, queremos assegurar que os postos de trabalho são salvaguardados, gostávamos que face ao futuro novas capacidades do ponto de vista humano e técnico pudessem ser, e serão, no Arsenal do Alfeite”, disse.

“Um dos primeiros problemas que recebi quando tomei posse foi uma dívida muito significativa do Arsenal, o primeiro reforço de verba que tive de solicitar ao Ministro das Finanças foi para pagar aquilo que faltava no Arsenal do Alfeite. É um problema sério, mas é um problema que vai ter respostas. Nós queremos salvar o Arsenal. Não posso detalhar agora, mas muito brevemente assim que será possível“, disse ainda.

(Última atualização às 11h55)

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