Futuro de terrenos da Infraestruturas de Portugal em Coimbra ainda por definir, diz autarquia
Autarquia de Coimbra diz que futuro de terrenos da Infraestruturas de Portugal ainda está por definir. Espera por nova proposta compatível com o estudo urbanístico.
O futuro dos terrenos da Infraestruturas de Portugal (IP) ainda está por definir, disse a Câmara Municipal de Coimbra, referindo que aguarda a entrada de uma nova proposta compatível com o estudo urbanístico para a margem direita do Mondego.
A IP Património chegou a apresentar informalmente, numa reunião de trabalho, “uma proposta de reorganização do espaço público e edificação nos terrenos” da mesma entidade, junto à atual linha ferroviária, que liga Coimbra-A a Coimbra-B e que será desmantelada na sequência do Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM), afirmou à agência Lusa a vereadora com o pelouro do urbanismo, Ana Bastos, em resposta escrita.
“Tratava-se da construção de um conjunto limitado de edifícios com uso misto, embora maioritariamente habitacional, associado ao ordenamento do espaço público de qualidade e devidamente compatibilizado com o canal do SMM e com as travessias rodoviárias inicialmente previstas no projeto aprovado”, referiu a vereadora.
No entanto, a Câmara de Coimbra solicitou à IP que suspendesse o processo face ao estudo urbanístico para transformação da avenida Aeminium numa “zona de ribeirinha de qualidade e vocacionada para a socialização e fruição urbana”, cujo instrumento esteve em discussão pública no primeiro trimestre deste ano. “Posteriormente, o estudo urbanístico foi prontamente disponibilizado à IP, aguardando-se a entrada na Câmara Municipal da pretensão da IP, devidamente reformulada e compatibilizada com as novas orientações”, acrescentou Ana Bastos.
Questionados pela agência Lusa sobre que futuro será dado a esses mesmos terrenos e se se irão manter no domínio público ou se irão para a esfera privada, a IP e o Ministério das Infraestruturas referiram que “ainda não foi tomada qualquer decisão sobre a futura utilização dos terrenos”, assegurando que qualquer decisão será concertada entre autarquia e Governo.
Também a Câmara de Coimbra referiu à agência Lusa que o futuro dos terrenos “ainda não está fechado”, mas realçou a proatividade do executivo ao avançar com um estudo urbanístico que impeça uma desvirtuação do espaço. Para a autarquia, “a propriedade dos terrenos deixa de ser relevante, a partir do momento em que a Câmara Municipal se adianta à definição das linhas orientadoras para o desenvolvimento territorial local”.
“Independentemente de se tratar de uma entidade pública ou privada, as regras e condicionantes aplicáveis à viabilização das operações urbanísticas são as mesmas, assentes numa incontornável e inultrapassável defesa do interesse público”, acrescentou, acreditando que as ações feitas na gestão urbanística pela Câmara de Coimbra permitirão “marcar uma nova fase de desenvolvimento e de renovação urbana”.
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