Plano de investimentos na Serra da Estrela inclui obras na Torre e na estância de esqui
Reabilitação da Torre, ampliação do hotel dos Carqueijais e requalificação da estância de esqui estão na lista de prioridades da concessionária Turistrela, notificada pelo Governo.
Está em marcha um plano de investimento para dinamizar e dar um novo impulso ao desenvolvimento turístico da Serra da Estrela. A reabilitação da Torre, a ampliação do hotel dos Carqueijais e a requalificação da estância de esqui estão no topo das prioridades para a empresa concessionária.
Depois de o Governo ter notificado a Turistrela – Turismo da Serra da Estrela para, “num prazo não superior a 60 dias”, apresentar “um plano de investimentos para o desenvolvimento turístico sustentável da Serra da Estrela”, o administrador da empresa concessionária, Artur Costa Pais, adianta ao ECO que esse plano está a ser “estruturado” e que as “linhas de orientação já estão definidas”.
A Turistrela compromete-se a entregar o plano de investimento na data estipulada. Questionado sobre se a concessão poderia estar em causa, caso o plano de investimento não fosse entregue dentro do prazo previsto, o Ministério da Economia respondeu ao ECO que a Turistrela “já manifestou compromisso e disponibilidade para proceder de acordo com o proposto”.
De acordo com o Executivo, o cumprimento deste novo programa será monitorizado através de uma comissão de acompanhamento, que tem como missão avaliar e escrutinar o processo de implementação do plano de investimento. Na ótica do empresário, a comissão de acompanhamento é uma “mais-valia”, sublinhando que “as entidades que licenciam os projetos fazem parte da comissão”.
Artur Costa Pais explica ainda que a comissão de acompanhamento será composta por todas as entidades que dão parecer sobre os projetos da Serra da Estrela, nomeadamente o Parque Natural da Serra da Estrela, as autarquias, a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR), a Entidade Regional de Turismo do Centro e o Turismo de Portugal.
“Estas entidades, fazendo parte da comissão de acompanhamento, ajudam bastante na aceleração de definição de pareceres dos projetos. É uma mais-valia e foi o modelo que utilizámos há 20 anos no projeto na estância de esqui, no sanatório e nos últimos investimentos que fizemos”, detalha o administrador da empresa, que detém a concessão da exploração do turismo e dos desportos no Parque Natural da Serra da Estrela.
Comissão de acompanhamento é uma mais-valia e foi o modelo que utilizámos há 20 anos no projeto na estância de esqui, no sanatório e nos últimos investimentos que fizemos.
De acordo com o despacho publicado em Diário da República a 29 de março, assinado pelo secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, Nuno Fazenda, o objetivo da comissão de acompanhamento passa por “promover um modelo de monitorização de maior proximidade, transparência e escrutínio, dando maior visibilidade aos trabalhos desenvolvidos e ao próprio destino Serra da Estrela”.
“É presidida pelo Turismo de Portugal e reúne, pelo menos, uma vez por ano, devendo dispor em cada reunião de informação centralizada sobre a execução material e financeira dos projetos previstos no plano de investimentos aprovado para o dinamismo do destino Serra da Estrela”, detalha o mesmo diploma.
Em setembro do ano passado, na sequência de uma reunião com agentes locais e regionais para avaliar o impacto dos incêndios florestais registados no último verão, identificar os principais constrangimentos e delinear futuras medidas de prevenção, a então secretária de Estado com a tutela do Turismo, Rita Marques, traçou dois objetivos “no imediato”.
“Desde logo, apoiar estas empresas e de alguma forma reparar os danos causados por estes incêndios. Mas, ao mesmo tempo, criar uma agenda para o futuro, criando novas condições para mais investimento, melhor investimento, garantindo sempre a perpetuação da criação de valor”, frisou a antiga governante, em declarações feitas em Manteigas, no distrito da Guarda.
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