Grupo sueco investe na logística para aumentar produção de ervas aromáticas em Viana do Castelo

Com a construção da nova unidade logística, a Aromáticas Vivas, que é controlada pela Spisa, vai aumentar a capacidade produtiva para oito milhões de vasos de ervas aromáticas por ano no Alto Minho.

Com uma área de produção superior a 40 mil metros quadrados em Viana do Castelo, a Aromáticas Vivas, que ostenta o título de maior produtora de ervas aromáticas frescas em Portugal, produziu 5,5 milhões de vasos e cerca de 60 toneladas de ervas aromáticas no ano passado. De forma a aumentar a capacidade produtiva, a empresa fundada em 2009 prepara-se para investir cerca de um milhão de euros na construção de uma nova unidade logística, que deverá estar concluída até ao final de 2024.

“Estamos numa área protegida e não era permitido fazer qualquer tipo de construção, mas temos a autorização da Câmara [de Viana do Castelo] para construir o pavilhão e para retirarmos toda a área de embalamento e escritórios para fora das estufas. Com esta nova unidade vamos ficar com mais área disponível para produção”, revela, em entrevista ao ECO, o diretor geral da empresa, Nuno Lomba.

Com a construção desta nova unidade logística e a aposta num processo de produção vertical – que irá aumentar a capacidade produtiva da empresa em cerca de 30% -, a Aromáticas Vivas, que é controlada pelo grupo sueco Spisa, vai passar a ter capacidade para produzir perto de oito milhões de vasos de ervas aromáticas por ano.

“Estamos a melhorar os processos e a introduzir novas tecnologias. O grupo Spisa desenvolve novas tecnologias e as empresas do grupo acabam por beneficiar dessa investigação e desenvolvimento, como é o caso da produção vertical”, explica o diretor geral. O grupo sueco detém 81% do capital da empresa localizada no Alto Minho.

Nuno Lomba, diretor geral da Aromáticas VivasAromáticas Vivas

Cerca de 85% da produção destina-se ao mercado nacional, com Espanha a absorver o restante. “O mercado português começou a ter um consumo elevado a partir de 2015 e fez sentido começarmo-nos a dedicar mais ao mercado nacional”, relata o gestor da Aromáticas Vivas, que faturou 4,3 milhões de euros em 2023 e emprega atualmente 55 pessoas.

A empresa, que produz cerca de 14 variedades de ervas aromáticas em vaso, não usa herbicidas nem pesticidas químicos. Salsa, coentros, manjericão, cebolinho, tomilho, alecrim, orégãos e stevia são algumas das ervas aromáticas que produz. As ervas são vendidas nas grandes superfícies, em mercados tradicionais e na loja online da empresa.

Além das ervas aromáticas em vaso e cortadas, a Aromáticas Vivas produz, desde 2012, insetos e ácaros que utiliza para prevenir pragas e doenças, que permitem ter uma produção livre de pesticidas e herbicidas químicos, assim como uma certificação biológica. A empresa já vende parte da produção de insetos a produtores nacionais de hortícolas e de flores.

Nos últimos anos, a empresa começou a apostar nos microgreens (vegetais colhidos na fase inicial de crescimento que proporcionam um sabor mais elevado) e também em flores comestíveis. “É um mercado com potencial e que está a ser explorado. Ainda é um pouco desconhecido, mas estamos num mundo onde estamos a descobrir paladares completamente diferentes e o mercado tem vindo a aceitar”, realça Nuno Lomba. Um nicho de negócio que já representa cerca de 4% do volume de vendas.

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