Velhinho de Aveiro vai “surfar” exportação e loja móvel em 2024
Empresa de surfwear fundada por João Velhinho, com produção nacional, vai apostar na internacionalização, em loja móvel para acompanhar eventos desportivos e alargar o número de pontos de venda.
A Palu, uma marca de surfwear portuguesa, foi criada em 2012 pelo aveirense João Velhinho, quando tinha apenas 17 anos. O conceito da marca foi desenvolvido com base na sua paixão pelo surf e com a visão paradisíaca de uma ilha indonésia com o mesmo nome, conhecida pelas ondas perfeitas.
Licenciado em Design pela Universidade de Aveiro e pós-graduado na área da Ilustração pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, João Velhinho conta que o negócio arrancou com uma linha de roupa para amigos. Mas rapidamente o “ciclo de amigos aumentou”. Atualmente produz t-shirts, wave hoodies, hoodies, sweatshirts, casacos, bucket hats, corta ventos, toalhas de praia, ponchos, tote bags e porta-chaves. No ano passado vendeu 500 peças de roupa, com os atletas olímpicos de remo, Afonso e Dinis Costa, como clientes da marca.
A comercialização é, para já, feita quase exclusivamente online. No entanto, fruto de algumas parcerias firmadas pela empresa, a Palu começa a surgir em algumas lojas físicas, como a lisboeta Santoloco (Chiado) ou a Bana Praia, em Carcavelos (município de Cascais). Um dos objetivos da marca passa por alargar a presença a mais pontos de venda.
O jovem empreendedor adianta ao ECO que vai apostar na internacionalização e numa loja móvel em 2024. “Queremos marcar presença em grandes eventos desportivos, entre outros, considerados estratégicos para alavancar a notoriedade gradual da marca”, conta. Por outro lado, diz que planeia acrescentar uma “linha de calções de banho e algumas coleções – cápsula”.
Valorizamos o nosso país e, por isso, escolhemos fazer a produção dos artigos em Portugal, onde conseguimos a qualidade que tanto desejamos.
A produção das coleções é subcontratada a nível nacional. “Valorizamos o nosso país e, por isso, escolhemos fazer a produção dos artigos em Portugal, onde conseguimos a qualidade que tanto desejamos”, salienta o designer.
Sendo a indústria da moda uma das mais poluentes, a sustentabilidade ambiental é uma preocupação. A empresa utiliza tintas à base de água na estampagem e um packaging 100% reciclável. Na produção das peças, usam o desperdício de stock de outras marcas. “Para algumas das nossas peças e em todos os tote bags usamos tecidos que estão parados em armazém “, conta o fundador, de 27 anos.
João Velhinho pretende que a aquisição de uma peça da Palu “seja mais do que uma simples compra, mas uma experiência”. Para isso, em conjunto com as peças, envia aos clientes um flyer informativo, que inclui sementes de diversas plantas. “Para que o conceito e a história da marca germinem dentro da casa de cada cliente”, sublinha, citado em comunicado.
Em setembro, a Palu ruma até Cabo Verde com o objetivo de criar uma t-shirt desenhada pelas crianças da Cidade da Praia. Será depois vendida em todas as lojas aderentes à iniciativa e no canal de e-commerce da Palu, que fará reverter os lucros para os habitantes locais mais desfavorecidos.
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