Metro de Lisboa aceita cartões bancários e telemóveis para pagar viagens

Validação com sistema sem contacto arranca em toda a rede do Metro de Lisboa um mês antes da Jornada Mundial da Juventude após investimento superior a dois milhões de euros.

Quem viaja de vez em quando no Metro de Lisboa já não precisa de ir para a fila comprar um bilhete. A partir desta quarta-feira, é possível validar uma viagem com cartões bancários físicos ou que estejam associados a dispositivos. O investimento do metropolitano da capital é superior a dois milhões de euros e implicou a instalação de 1.504 novos leitores em 752 validadores.

O preço por viagem é de 1,65 euros e permite utilizar toda a rede do Metro de Lisboa, inclusive as estações fora do município. Com esta opção, não é necessário ir às máquinas pagar mais 50 cêntimos para comprar um cartão Navegante. “O sistema funciona com todos os cartões de débito, de crédito e pré-pagos com sistema contactless das redes Visa e Mastercard e em todos os dispositivos com esses cartões associados em versão NFC, nomeadamente as wallets Apple Pay, Google Pay e outras”, assinala o ECO o líder da Visa para o mercado português, Gonçalo Santos Lopes.

Validação sem contacto é compatível com cartões bancários, estejam ou não associados a outros dispositivos com NFC.

O débito na conta “é efetuado ao final do dia de utilização“. O utente tem de entrar e sair do Metro de Lisboa com o mesmo cartão, caso contrário não irá passar nos validadores.

A nova ferramenta, no entanto, não tem forma de limitar o preço pago diariamente. Ou seja, se forem feitas cinco viagens de metro no mesmo dia, o passageiro irá pagar 8,25 euros. Se comprar um voucher online ou deslocar-se às máquinas, o valor máximo diário é de 7,10 euros e também permite utilizar toda a rede da Carris.

A introdução desta ferramenta implicou um “contrato especial” com a Indra para mudar todos os leitores dos validadores, assim como fazer “alterações no software e hardware dos pórticos”, acrescenta ao ECO o presidente do conselho de administração do Metro de Lisboa, Vítor Domingues dos Santos.

Nos últimos anos têm surgido soluções para validar viagens em transportes públicos sem pagar bilhetes. Na rede da Fertagus, desde novembro de 2022 que dá para passar os torniquetes apenas com sistemas sem contacto, sendo mesmo possível escolher o destino da viagem no validador; no Grande Porto, desde julho de 2021, o sistema sem contacto funciona em cinco estações do Metro do Porto e na linha 500 da STCP – o bilhete custa dois euros e permite viajar por 1h15, com um limite máximo de sete euros para deslocações ilimitadas.

A tempo da JMJ

O Metro de Lisboa assume que a nova opção para validar viagens teve de arrancar “ainda em junho” para que em julho “seja possível resolver qualquer problema que possa ocorrer com este sistema”. “Queremos estar em pleno para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ). Esperamos entre 500 mil e um milhão de participantes. Esta é uma solução que traz maior autonomia para viajar no Metro de Lisboa”.

A transportadora pública não conta mudar o horário de funcionamento durante o período da JMJ, mantendo as composições a circular entre as 6h30 e a 1h da manhã. “Queremos estar na máxima capacidade de comboios e de maquinistas para a JMJ numa altura em que estão programadas férias dos trabalhadores”, refere Vítor Domingues dos Santos. Para garantir a disponibilidade dos trabalhadores estão a decorrer negociações com os sindicatos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comentários ({{ total }})

Metro de Lisboa aceita cartões bancários e telemóveis para pagar viagens

Respostas a {{ screenParentAuthor }} ({{ totalReplies }})

{{ noCommentsLabel }}

Ainda ninguém comentou este artigo.

Promova a discussão dando a sua opinião