Sardinhas portuguesas da Murtosa chegam a Nova Iorque
Entrada nos EUA marca a expansão do Mundo Fantástico da Sardinha Portuguesa fora do território nacional. A marca pertence ao grupo O Valor do Tempo que detém 22 empresas e emprega 650 pessoas.
A cadeia o Mundo Fantástico da Sardinha Portuguesa acaba de abrir uma loja em Nova Iorque, EUA, mais concretamente em Times Square, num investimento de 4,5 milhões de euros. De Norte a Sul do país, a marca que pertence ao grupo o Valor do Tempo conta com 21 lojas e da fábrica da Murtosa (distrito de Aveiro) saem cerca de 2,5 milhões de latas de conservas por ano.
“Times Square, em particular, tem uma intenção clara de posicionamento, pois quisemos marcar de forma inequívoca que a sardinha portuguesa não é nada a menos do que as maiores marcas do mundo”, diz Tiago Quaresma, administrador do Grupo O Valor do Tempo, em declarações ao ECO/Local Online.
A entrada nos Estados Unidos da América marca o início da expansão do grupo do fora do território nacional. “Abrimos a nossa primeira loja fora de Portugal. Vivemos o sonho americano, trazendo para Times Square um dos mais relevantes cartões-de-visita de Portugal”, avança a empresa através da página do Linkedin.
Times Square em particular tem uma intenção clara de posicionamento, pois quisemos marcar de forma inequívoca que a sardinha portuguesa não é nada a menos do que as maiores marcas do mundo.
O design do espaço em Nova Iorque assemelha-se a uma biblioteca onde predominam os tons verdes e dourados. O que salta à vista de milhares de pessoas, que por ali passam, é um néon vermelho na montra com a mensagem “Portuguese Sardine”.
“De Portugal para o centro do mundo revestimo-nos de coragem. Se tivemos medo? Claro que sim. Mas coragem não é ausência de medo; é avançar, apesar dele”, refere o grupo no LinkedIn. “Acreditámos. Moveu-nos a audácia de não querer passar pela vida de uma forma morna, reconhecendo as nossas vulnerabilidades, mas confiando na nossa capacidade de sentir e agir. Queremos experienciar novas histórias e alimentar novos sonhos”, completa.
O administrador do grupo explica ao ECO o motivo pelo qual o mercado americano é apetecível: “As conservas portuguesas são uma iguaria por excelência apreciada em Portugal e em todo o mundo. Tem a ver com um apelo natural dos EUA pelas conservas portuguesas, em particular pela sardinha. Esse apelo tem origens históricas que os últimos anos reforçaram com o ressurgimento das conservas como alimento moderno, saudável e prático”.
Depois de consolidada em Broadway, o objetivo do grupo passa por “fazer uma abordagem ao mercado americano”. Pretendem, por isso, “afirmar as conservas portuguesas cada vez mais como um produto internacional, cavalgando uma tendência crescente de recuperação da sua boa fama, em particular nos Estados Unidos da América”.
Fundada em 1942 na Murtosa, a Comur foi comprada pelo Grupo O Valor do Tempo em 2015, quando corria “sérios riscos de desaparecer”. Atualmente, a conserveira Comur, que é uma das maiores referências da indústria conserveira portuguesa, faz parte de um grupo que integra 22 empresas de vários setores de atividade.
Além da conserveira, o grupo detém ainda o Mundo Fantástico da Sardinha Portuguesa, a Casa Portuguesa do Pastel de Bacalhau, o Museu da Cerveja e do Pão, A Brasileira do Chiado, a Mensagem de Lisboa, a Confeitaria Peixinho, a Joalharia do Carmo, o hotel Hästens Sleep Spa, a Casa Pereira da Conceição, a Silva & Feijóo. O Valor do Tempo emprega 650 pessoas, e soma 45 lojas em Portugal e uma em Nova Iorque. Só no segmento das conservas, o grupo fatura 20 milhões de euros.
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