Empresas de Coimbra exigem ao Estado cumprimento atempado das suas obrigações

  • Lusa
  • 18 Setembro 2023

Empresários da região de Coimbra pretendem "uma regulamentação estável, com critérios claros e previsíveis, que lhes permita planear, investir e crescer com confiança".

O Conselho Empresarial da Região de Coimbra (CERC) exigiu, esta segunda-feira, ao Estado rigor no cumprimento das suas obrigações e na criação de uma regulamentação estável e previsível, que permita às empresas planear e investir.

“A máquina fiscal funciona muito bem e se as empresas entregam qualquer imposto devido fora do prazo são penalizadas, mas quando há uma medida de apoio às empresas, seja ela qual for, o Estado atrasa-se e não acontece nada“, lamentou, à agência Lusa, o presidente daquela estrutura.

Nuno Lopes salientou que os empresários da região de Coimbra pretendem “uma regulamentação estável, com critérios claros e previsíveis, que lhes permita planear, investir e crescer com confiança”.

O dirigente sustentou que aquela “dualidade de critérios” desacredita o Estado e leva a que muitas empresas não se candidatem a medidas de apoio ao investimento e à produção, porque nunca sabem quando podem contar com as comparticipações.

“Gostávamos que uma empresa quando se candidata a um determinado valor com um determinado projeto, que seja uma mais-valia, o processo fosse mais célere e funcionasse de forma que os apoios ficassem disponíveis nas datas estabelecidas”, sublinhou.

Reunido na Lousã, na presença de representantes de 14 associações empresariais dos 19 concelhos da região de Coimbra, o CERC salientou, em comunicado, que os empresários consideram que a “incerteza ou a falta de regulamentação prejudicam a competitividade das empresas e afastam os investidores“.

Gostávamos que uma empresa quando se candidata a um determinado valor com um determinado projeto, que seja uma mais-valia, o processo fosse mais célere e funcionasse de forma que os apoios ficassem disponíveis nas datas estabelecidas.

Nuno Lopes

Presidente do Conselho Empresarial da Região de Coimbra (CERC)

Os empresários querem ver implantada “uma relação mais justa em nome da justiça e da estabilidade, em benefício de todos os envolvidos e reclamam por um estado responsável que comece, de imediato, por cumprir com os prazos a que se compromete e que antes de exigir às empresas e aos particulares, comece por exigir a si próprio”.

Para manter uma relação justa entre o setor público e o privado, é vital que todos cumpram com suas obrigações de maneira eficaz, tanto no recebimento quanto no pagamento, estabelecendo regras iguais para todos”, lê-se na nota.

Os atuais preços dos combustíveis e as crescentes taxas de juro, que têm impacto direto nas empresas, são as maiores preocupações do CERC, que representa mais de 15 mil empresas.

Para aquela entidade, existe a “necessidade premente de reformar as políticas de investimento e fiscais para proteger os negócios e a urgência na implementação de medidas para preservar empregos e a economia local”.

O presidente do CERC revelou ainda à agência Lusa que as empresas estão “um bocadinho asfixiadas” pela carga fiscal, a burocracia nas candidaturas aos fundos de apoio e com dificuldades na contratação de quadros técnicos intermédios.

“Uma das maiores lacunas do setor é precisamente aqueles quadros intermediários de determinadas profissões, como eletricistas e canalizadores”, denunciou Nuno Lopes.

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