Botton exporta mirtilos alentejanos e “embala” negócio com belgas
Em cinco anos, a Logofruits tornou-se o maior produtor de mirtilos em Portugal e um dos maiores da Europa. Exporta 95% da produção anual de 2.000 toneladas e fatura 11 milhões de euros.
Depois de terminar um programa de Gestão na Universidade Nova de Lisboa, Lourenço Botton foi desafiado pelo pai Filipe, CEO da Logoplaste, a “encontrar um projeto” para um terreno da família em Alcácer do Sal. Foi durante um estágio numa empresa na zona de Odemira que conheceu um produtor de mirtilos que o ajudou a montar uma pequena plantação. “A partir desse momento foi um crescimento rápido e orgânico”, conta o fundador da Logofruits, em declarações ao ECO/Local Online.
Em apenas cinco anos, a empresa alentejana tornou-se o maior produtor de mirtilos em Portugal e um dos maiores players no setor ao nível europeu. A empresa produz cerca de duas mil toneladas de mirtilos por ano e exporta 95% da produção, essencialmente para Espanha e para o Norte da Europa. Tem como clientes alguns dos maiores retalhistas europeus, como a Tesco, Delhaize, Bakker, Mercadona, Lidl e Aldi, fatura 11 milhões de euros e emprega diretamente 75 pessoas.
Entretanto, com o objetivo de expandir a produção de mirtilos, comprou um terreno em Almograve (Odemira), passando de um terreno de 15 hectares para uma área cultivada total de 140 hectares, repartida entre as duas herdades.
Depois de colocar a produção de mirtilos em velocidade de cruzeiro, Lourenço De Botton quis “fechar o ciclo de produção” e estabeleceu uma parceria com a empresa belga Tomra para industrializar o processo. “Já tínhamos a parte produtiva e faltava-nos a capacidade de dar resposta aos pedidos de mirtilo embalado”, relata o gestor.
Miguel Silva, diretor de embalagem da Logofruits na fábrica de Alcácer, explica que o “sistema Tomra Food oferece uma linha completa de máquinas que ajudam desde a seleção ao embalamento” de mirtilos”. Detalha que, com esta maquinaria, “é possível selecionar o produto por tamanho, cor e por suavidade, de acordo com o pedido do cliente”, e a empresa consegue embalar o produto em diferentes tipos de embalagem, desde caixas a baldes.
Já tínhamos a parte produtiva e faltava-nos a capacidade de dar resposta aos pedidos de mirtilo embalado.
“Em Portugal, somos neste momento quem reúne todas as condições para apoiar a seleção e embalagem de mirtilos em qualquer formato ou embalagem”, assegura Lourenço Botton, fundador da Logofruits, ao ECO/Local Online.
Além de cultivar e embalar fruta para cadeias de supermercados em vários países europeus, a Logofruits embala igualmente mirtilos cultivados por empresas oriundas do Peru, do Chile ou da África do Sul. “Em termos de preços, é consideravelmente mais competitivo embalar em Portugal e isso permitiu-nos alargar a nossa cadeia de valor”, conclui o empresário de 33 anos.
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