Guimarães, Braga e Vila Franca de Xira entram em consórcio para neutralidade climática
As três cidades portuguesas juntam-se a Cascais num consórcio internacional para a criação e teste de "soluções inovadoras para uma transição urbana holística e centrada nas pessoas".
Guimarães, Braga e Vila Franca de Xira fazem parte das 49 novas cidades do consórcio internacional Urban Transitions Mission (UTM) para a criação e teste de soluções inovadoras para uma transição urbana holística e centrada nas pessoas, anunciou a autarquia vimaranense. Um dos grandes propósitos deste consórcio é tornar prioritários projetos centrados nas infraestruturas energéticas, na eficiência e em ambientes de baixas emissões de modo a atingir a neutralidade carbónica.
“Esta integração no consórcio da UTM vem reforçar ainda mais o compromisso de Guimarães com a adoção de estratégias para alcançar a neutralidade climática até 2030”, começa por afirmar Sofia Ferreira, vereadora do Ambiente e Ação Climática da Câmara Municipal de Guimarães.
Liderado pelo socialista Domingos Bragança, este município já tem trabalho de casa feito nesta área: desafiou mais de 100 empresas e associações a aderiram ao pacto climático de Guimarães, como parceiros vitais para a descarbonização do território. Foram chamadas a contribuir para a economia circular, mobilidade sustentável ou transição energética.
E responderam com avultados investimentos em painéis fotovoltaicos, caldeiras a biomassa, carros elétricos e até a plantação de árvores para reflorestar uma zona da cidade, como o ECO/Local Online noticiou. Na ocasião, a vereadora explicou que este repto surgiu porque “Guimarães foi uma das 100 cidades europeias selecionadas para a Missão Cidades Inteligentes”.
Agora, Guimarães é uma das 49 novas cidades que integram o consórcio internacional UTM, cujo anúncio decorreu durante a 28ª cimeira do clima das Nações Unidas (COP 28), no Dubai. As três cidades portuguesas juntam-se a Cascais que já integrava o grupo que, com estas novas adesões, duplica para uma centena de membros.
“Com o apoio dos parceiros e organizações da Aliança Global de Inovação (GIA), os municípios das cerca de 100 cidades vão receber assistência para fortalecer as suas estratégias climáticas, colaborar para a visão da neutralidade carbónica e acelerar a implementação de medidas de sustentabilidade“, descreve a autarquia vimaranense.
“Em cooperação com os restantes membros deste grupo, procuraremos identificar e desenvolver novas formas e benefícios de tirar proveito de energias limpas, de forma a conduzir esta transição e criar impacto em todo o mundo, rumo à transição urbana holística e centrada nas pessoas”, assinala a vereadora.
Entre as principais áreas de intervenção deste consórcio está a revisão dos planos de ação que existem nas vertentes clima e energia para dar prioridade às iniciativas de acordo com dados e provas científicas. Assim como, resume o município, “a mediação do acesso a soluções, com o objetivo de acelerar a implementação de soluções tecnológicas, regulamentares e financeiras”, além da aceleração do acesso a financiamento dedicado a investigação.
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