Fundo Ambiental “salva” Alagoas Brancas com 3,7 milhões de euros

A criação do futuro Parque Natural da Cidade de Lagoa representa um investimento de 4,4 milhões de euros, dos quais 3,7 milhões de euros são diretamente financiados pelo Fundo Ambiental.

O Fundo Ambiental do Ministério do Ambiente e da Ação Climática assinou um protocolo com o Município de Lagoa para a aquisição de terrenos nas Alagoas Brancas. A verba de 3,7 milhões de euros já foi transferida pelo Fundo Ambiental e o Município de Lagoa pode avançar para a aquisição dos terrenos para a criação do futuro Parque Natural da Cidade de Lagoa.

O investimento total deste projeto é de 4.4 milhões de euros, dos quais 3,7 milhões de euros são diretamente financiados pelo Fundo Ambiental, sendo que este valor corresponde à parcela destinada à aquisição dos terrenos com cerca de nove hectares.

Em comunicado, o Ministério detalha que o “projeto técnico, da responsabilidade do município de Lagoa, consistirá num projeto de renaturalização, de forma a criar uma área de valor natural que permita a visitação e a fruição deste espaço, e será alvo de parecer do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF)”. Está prevista para o final de 2025 a conclusão do Parque Natural da Cidade de Lagoa.

O sítio das Alagoas Brancas é uma zona húmida de cerca de seis hectares no concelho de Lagoa e conta com diversidade de espécies de aves. A zona húmida no concelho de Lagoa esteve em risco de ser destruída para transformar-se num parque comercial.

Após o projeto de arquitetura ter sido aprovado em reunião de câmara, a 25 de julho de 2013, e o alvará ter sido aprovado em outubro de 2020, a Associação de Defesa do Património Cultural e Ambiental do Algarve (Almargem) apresentou em 2021 uma providência cautelar para impedir o início das obras. Após várias contestações por parte de ambientalistas e do PAN, o Fundo Ambiental vai salvar os terrenos nas Alagoas Brancas onde será construído o futuro Parque Natural da Cidade de Lagoa.

O Ministério do Ambiente e da Ação Climática afirma na mesma nota que se “empenhou em encontrar a melhor solução para, em articulação com o município de Lagoa, proceder à salvaguarda e gestão adequada desta zona húmida, bem como dos valores naturais aí presentes, face ao previsto na lei”.

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