Joaquim Chaves Saúde despede 92 trabalhadores. “É uma decisão ponderada, mas inevitável”

Nos últimos anos, a empresa tinha aumentado as equipas, que agora se "revelam sobredimensionadas". Joaquim Chaves Saúde decidiu avançar com despedimentos para reduzir custos da operação.

A Joaquim Chaves Saúde decidiu despedir 92 trabalhadores de modo a reduzir os custos da operação e, assim, manter a sustentabilidade de negócio. A empresa fala numa “decisão muito ponderada”, mas “necessária e inevitável”, face ao atual contexto.

“Para garantir a sustentabilidade da empresa e a manutenção dos mais de 3.000 colaboradores, é fundamental uma racionalização dos processos produtivos, quer com base nos investimentos tecnológicos entretanto implementados, quer nos próprios procedimentos internos, que, de entre outras medidas, visam a redução de custos. A última [medida] a ser introduzida afetará cerca de 92 postos de trabalho. Foi uma decisão muito ponderada, tendo sido o último dos recursos, mas necessária e inevitável“, sublinha a Joaquim Chaves Saúde, numa nota enviada ao ECO.

A empresa garante que todos os trabalhadores já foram informados, cumprindo-se os “princípios de transparência e seriedade” e seguindo-se agora “os trâmites legais dentro da normalidade”.

“A Joaquim Chaves Saúde rege-se por um rigoroso código de conduta, onde a proteção dos colaboradores é um dos pilares fundamentais da gestão. Nesse sentido, durante este período difícil, todos os colaboradores abrangidos serão tratados com humanidade, respeito e justiça e a Joaquim Chaves Saúde está empenhada em apoiar o seu regresso ao mercado de trabalho”, assegura a empresa.

Na nota partilhada com o ECO, a Joaquim Chaves Saúde lembra ainda que, nos últimos anos, apostou “fortemente” nas equipas, infraestruturas e equipamentos, “numa perspetiva de crescimento de atividade que, dado o contexto atual do mercado, revelam-se sobredimensionadas, criando constrangimentos que agora se tornam indispensáveis resolver”.

Em concreto, o disparo da inflação, a escalada dos juros e o “aumento expressivo dos salários” tiveram um impacto significativo nos custos de operação da empresa familiar, fundada há 64 anos.

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