Portugal paga cerca de 3% por financiamento de quatro mil milhões a dez anos

República obteve um financiamento de quatro mil milhões de euros em Obrigações do Tesouro a dez anos, pelo qual pagará uma taxa de juro a rondar os 3%. Procura superou 5 vezes a oferta.

Portugal obteve esta quinta-feira quatro mil milhões de euros através da nova linha de referência de Obrigações do Tesouro a dez anos. Por este financiamento vai pagar uma taxa de juro a rondar os 3%, de acordo com o site de informação financeira IFR.

A procura nesta emissão de dívida sindicada atingiu os 19,4 mil milhões de euros, incluindo 1,25 mil milhões de euros dos bancos que organizaram a operação, ou seja, os livros da operação registaram ordens de compra quase cinco vezes acima do que o montante em oferta.

A emissão — a primeira operação de financiamento do ano — arrancou com um prémio de risco de 41 pontos base, mas baixou para 40 pontos base, à qual se soma a taxa de midswap do euro a dez anos (o mesmo prazo das obrigações a serem emitidas), que se encontra atualmente nos 2,55% (255 pontos base).

Assim sendo, a taxa de juro deverá rondar os 2,95%. A nova linha terá a maturidade em outubro de 2034. Todos os detalhes desta operação, incluindo da taxa de juro final e o perfil dos investidores, vão ser revelados ainda esta quinta-feira pelo IGCP.

“A descida das taxas de juro que assistimos nas últimas semanas permitiram que a emissão de fosse colocada com uma yield mais baixa”, refere Filipe Silva, diretor de investimentos do Banco Carregosa. No último leilão de obrigações a 9 anos, realizado em setembro, o IGCP pagou uma taxa de quase 3,4%.

Portugal costuma arrancar o plano de financiamento do Estado com uma emissão sindicada. Para organizar esta operação, o IGCP contratou os bancos BNP Paribas, Caixa BI, Citi, Credit Agricole CIB, JP Morgan e Santander.

De acordo com o plano de financiamento do Estado para 2024, a agência que gere a dívida pública conta emitir quase 14 mil milhões de euros em Obrigações do Tesouro ao longo deste ano.

Esta terça-feira o Ministério das Finanças deu autorização ao IGCP para ir ao mercado no sentido de começar a executar o plano para suprir as necessidades financiamento do Estado.

(Notícia atualizada às 14h55 com comentário de Filipe Silva, do Banco Carregosa)

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