Metrobus entre Serpins e Coimbra entra em funcionamento no final do ano
Metrobus "vai servir uma procura da ordem dos 13 milhões de passageiros por ano", diz João Marrana. Estão em curso quatro empreitadas das infraestruturas de base da responsabilidade da IP.
O presidente da Metro Mondego, João Marrana, garantiu esta quinta-feira que a primeira fase do Sistema de Mobilidade do Mondego, entre Serpins (concelho da Lousã) e a Portagem (concelho de Coimbra), entrará em funcionamento no final do ano. “A nossa expectativa é que no final do corrente ano se possa colocar em serviço a primeira fase, operando o metrobus entre Serpins, no Concelho da Lousã, e a Portagem no concelho de Coimbra”, evidenciou.
A garantia do presidente da Metro Mondego foi deixada no final da manhã desta quinta-feira, na Antiga Estação Ferroviária da Lousã, depois de uma visita às obras do Sistema de Mobilidade do Mondego, que contou com a presença do primeiro-ministro, António Costa, bem como da ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa.
Nesta ocasião, João Marrana fez o ponto de situação do projeto, que tem atualmente em curso quatro empreitadas das infraestruturas de base da responsabilidade da Infraestruturas de Portugal (IP), bem como a empreitada de fornecimento de sistemas técnicos, adjudicada pela IP e pela Metro Mondego.
Todas estas intervenções, que correspondem a um investimento global de cerca de 200 milhões de euros, são um pouco como as peças de um relógio. Podem ser maiores ou menores, mas todas têm que estar prontas e no seu lugar para que o sistema possa funcionar.
Em curso está também a intervenção no canal da Baixa da cidade de Coimbra, o fornecimento de material circulante e dos respetivos sistemas de carregamento, o fornecimento e instalação dos abrigos de passageiros, a empreitada de construção dos postos de transformação, o fornecimento do sistema de bética e a construção do parque de materiais e oficinas.
“Todas estas intervenções, que correspondem a um investimento global de cerca de 200 milhões de euros, são um pouco como as peças de um relógio. Podem ser maiores ou menores, mas todas têm que estar prontas e no seu lugar para que o sistema possa funcionar”, sustentou.
Para que a primeira fase das obras esteja concluída, “muitos passos importantes terão ainda de ser dados”. Entre eles figuram a conclusão da componente das instalações físicas da empreitada entre Serpins e Alto de João e Alto de São João e Portagem, bem como ultimar a colocação dos abrigos e terminar a empreitada do parque de materiais e oficinas.
No que concerne aos equipamentos e sistemas, será necessário efetuar a receção e os testes de integração dos veículos, num total de 35, “o que deverá acontecer a partir do próximo mês”.
No seu entender, a colocação em serviço do Metrobus irá melhorar de forma muito expressiva as ligações entre Coimbra, Lousã e Miranda do Corvo. “Vai servir uma procura da ordem dos 13 milhões de passageiros por ano. Vão ter acesso a um meio de transporte transporte acessível, oferecendo um elevado padrão de conforto, com uma frequência muito superior à atual e articulando-se com os restantes operadores através de um sistema de bilhete e tarifário integrados”, apontou.
João Marrana destacou ainda que, para além da população passar a dispor de melhor mobilidade, a região terá também maior atratividade. “A pegada ecológica do sistema de transporte irá ser expressivamente reduzida”, concluiu.
Metro Mondego é solução que melhor serve território, diz Costa
Para o primeiro-ministro, o Sistema de Mobilidade do Mondego é a solução que melhor serve território e população, transformando profundamente o tecido urbano de Coimbra e ligando-a aos concelhos vizinhos da Lousã e Miranda do Corvo. “Tudo visto, é a solução que vai servir melhor todo este território e as populações. Tínhamos 17 frequências de comboio, vamos ter mais de 50 frequências diárias de deslocação da Lousã para Coimbra e, sobretudo, a solução do metrobus é a solução em que esse sistema se insere de forma mais harmoniosa no tecido urbano da cidade de Coimbra”, destacou António Costa.
"Vamos ter uma nova forma de ligação entre a Baixa e a Alta [da cidade de Coimbra]. Com a ligação, desde logo a todo o sistema fundamental do nosso Sistema Nacional de Saúde, que são os hospitais: o da cidade de Coimbra, o Hospital Pediátrico e a futura maternidade, cujo projeto de execução foi agora concluído.”
No seu entender, o Sistema de Mobilidade do Mondego cumpre a dupla função de ligar as populações da Lousã e de Miranda do Corvo, a Coimbra, permitindo ainda “transformar profundamente” o tecido urbano de Coimbra e o sistema de mobilidade no interior da própria cidade.
“Vamos ter uma nova forma de ligação entre a Baixa e a Alta [da cidade de Coimbra]. Com a ligação, desde logo a todo o sistema fundamental do nosso Sistema Nacional de Saúde, que são os hospitais: o da cidade de Coimbra, o Hospital Pediátrico e a futura maternidade, cujo projeto de execução foi agora concluído”, sustentou.
Aos presentes, e depois de recordar o difícil percurso, de oito anos, para se chegar a esta solução, António Costa frisou ainda que o Metro Mondego é também um contributo fundamental para se conseguir vencer o maior desafio que a humanidade tem pela frente, que “é o das alterações climáticas”. “Vai retirar qualquer coisa como 17 mil toneladas de CO2 que continuamos a emitir anualmente”, concluiu.
O Sistema de Mobilidade do Mondego, terá uma extensão de 42 quilómetros, ligando Serpins, Lousã e Miranda do Corvo a Coimbra.
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