Alentejo Central investe nove milhões de euros em Central de Valorização Orgânica

A nova Central de Valorização Orgânica destina-se ao tratamento dos biorresíduos de cinco municípios alentejanos. Tem uma capacidade anual de processamento de 10 mil toneladas.

A Associação de Municípios do Alentejo Central (AMCAL) inaugura, esta terça-feira, a nova Central de Valorização Orgânica (CVO), num investimento de nove milhões de euros, destinada ao tratamento dos biorresíduos recolhidos na região através do sistema de recolha porta-a-porta.

Considerado um projeto estruturante para os cinco municípios que constituem a AMCAL, a unidade conta com cofinanciamento do POSEUR e entra em funcionamento no Aterro Intermunicipal de Vila Ruiva/Cuba. Entre os municípios contemplados estão Alvito, Cuba, Portel, Viana do Alentejo e Vidigueira, num total de 22.895 habitantes. Ao todo, serão abrangidas 21 freguesias, numa área total de 1.749 quilómetros quadrados, de acordo com informação do site desta associação.

“Trata-se de um esforço conjunto que visa a melhoria da sustentabilidade ambiental e da qualidade de vida desta região”, refere a AMCAL em comunicado. Este equipamento tem uma capacidade anual de processamento de 10 mil toneladas, resultando em cerca de 2.500 toneladas de composto de alta qualidade disponível para diferentes usos na região.

Esta infraestrutura vem, por isso, dotar “as populações das melhores soluções técnicas que permitam, por um lado, o aumento da preparação para a reutilização, reciclagem e da qualidade dos recicláveis valorizados e, por outro, a redução significativa da deposição de resíduos urbanos em aterro“.

Central de Valorização Orgânica no Alentejo Central

A Central de Valorização Orgânica passa a receber os biorresíduos recolhidos seletivamente nos concelhos de Alvito, Cuba, Portel, Viana do Alentejo e Vidigueira, “implementando uma solução de tratamento de proximidade, adaptada às exigências da política para o setor e ao cumprimento dos objetivos ambientais em vigor”, resume a AMCAL.

Precisamente no ano em que a esta associação completa 33 anos de atividade, este projeto surge alinhado com as políticas que têm sido desenvolvidas e implementadas na área de intervenção dos cinco municípios associados.

“Ao contrário dos aterros sanitários, que simplesmente armazenam os resíduos, as centrais de valorização orgânica adotam métodos de tratamento para aproveitar ao máximo o potencial desses resíduos”, explica a associação. Estes espaços têm, por isso, “o potencial de reduzir significativamente a quantidade de resíduos orgânicos enviados para aterros sanitários, minimizando os impactos ambientais associados à disposição inadequada desses resíduos”, clarifica.

Além disso, essas centrais podem gerar produtos de valor, como adubo orgânico e biogás, que podem depois ser utilizados na agricultura ou na produção de energia renovável.

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