20 anos depois, câmaras de Leiria, Coimbra e Braga ainda devem 22 milhões dos estádios do Euro2004
Arrendamento dos equipamentos a empresas e a instituições públicas ajuda a rentabilizar os espaços, além da componente desportiva. Câmara de Braga é a única que admite alienar o estádio municipal.
Passados 20 anos da realização do Euro2004 em Portugal, as câmaras municipais que investiram na construção e na requalificação de estádios ainda devem 22 milhões de euros correspondentes a empréstimos e a sentenças, avança o Jornal de Notícias. Para saldar as dívidas, as câmaras procuram aliar a atividade desportiva à sustentabilidade financeira, pondo as instalações a rentabilizar.
A maior fatia em dívida é do município de Leiria, num total de 10,9 milhões de euros. Seguem-se as autarquias de Coimbra, com uma dívida de seis milhões de euros, e de Braga, com cinco milhões de euros ainda por saldar. Neste último caso, o montante diz respeito a sentenças judiciais, uma vez que os empréstimos já foram liquidados.
Enquanto o arrendamento de espaços a empresas, a serviços de saúde e a instituições públicas tem sido uma das soluções adotadas no Municipal de Coimbra e no Magalhães Pessoa (Leiria), o Estádio Municipal de Braga, arrendado ao Sporting Clube de Braga, está afeto praticamente apenas ao desporto, estando a autarquia até a estudar a alienação do equipamento.
Viseu foi uma das cidades que entraram na corrida para acolher jogos do Euro2004, mas que na reta final do processo acabou preterida por Aveiro. Essa decisão foi contestada na altura pela Câmara de Viseu. Volvidas duas décadas, Fernando Ruas diz ao jornal que “ainda bem” que a cidade ficou de fora. “Até se justificava ir a Fátima a pé agradecer por não nos terem escolhido”, refere o histórico autarca social-democrata.
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