Ourivesaria Catarino “doura” o negócio com marca própria
Empresa, que já vai na terceira geração, apostou na marca própria de ouro, que já pesa mais de metade da faturação. Catarino soma três lojas, emprega 17 pessoas e fatura 1,2 milhões de euros.
Natural de Mira, Armindo Catarino — ou “Senhor Catarino”, como é mais conhecido — começou o seu percurso na ourivesaria a vender ouro porta a porta de bicicleta. Mais tarde rumou a Queluz, onde foi militar e acabou por abrir uma pequena ourivesaria em 1969. Um negócio que viria a tornar-se no sustento da sua família e a expandir-se para os centros comerciais. Atualmente, a Catarino Joias & Relógios tem três lojas, emprega 17 pessoas e fatura cerca de 1,2 milhões de euros.
Há 30 anos, a nora do Senhor Catarino decidiu mudar de profissão para ter mais tempo para a filha, já que trabalhava numa empresa de navegação e passava muito tempo no mar. Confrontada com esta realidade, decidiu aproveitar o know-how da família e abrir a sua própria loja de ourivesaria, juntamente com o marido.
“Quando nasceu a minha filha mais velha, a Joana, eu fiz uma escolha e fiquei a trabalhar em família (…). Eu e o meu marido começamos por abrir a nossa loja em Queluz”, conta ao ECO/Local Online Maria João Catarino, gerente da Catarino Joias & Relógios.
Além da loja de rua, há onze anos o casal abriu uma loja no shopping Alegro Sintra e há seis anos no Alegro Alfragide. O ano passado deixaram as instalações em Queluz e mudaram para uma nova loja em Massamá, onde têm um atelier. Esta mudança culminou com o objetivo de produzir a sua própria marca, formar profissionais e iniciar o processo de expansão da marca com produção própria.
“Na altura da pandemia criámos a nossa própria marca de ouro (4LeafClover) inspirada na ourivesaria tradicional com o objetivo de recuperar o ouro português de 19.2 quilates, mas com uma linha mais contemporânea”, explica a gestora. O ouro da marca própria é produzido em Gondomar e já vale mais de metade do volume de negócios da Catarino. “O nosso volume maior de vendas é a nossa marca de ouro”, afirma Maria João Catarino.
Maria João não tem dúvidas que os “clientes investem em joias porque sabem que elas vão valorizar”. “O ouro mesmo parado na vitrina está sempre a valorizar”, afirma a gestora. Os turistas e os emigrantes portugueses pesam entre 15% a 20% da faturação.
À semelhança da mãe, as filhas Joana e Inês, ambas ligadas à saúde, acabaram por deixar a profissão para se dedicaram ao negócio da família.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
Ourivesaria Catarino “doura” o negócio com marca própria
{{ noCommentsLabel }}