Inflação na OCDE acelera para 5,9% em maio com disparo dos preços da energia
Os preços dos bens energéticos disparam 2,5% entre os 34 países da OCDE durante o mês de maio. Foi a maior subida homóloga desde fevereiro de 2023.
A inflação tem sido um tema central nas discussões económicas globais, e os mais recentes dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) revelam que está longe de estar controlada, muito por conta do comportamento dos preços dos bens energéticos.
De acordo com um relatório da OCDE publicado esta terça-feira, a taxa de inflação homóloga média dos 38 países que fazem parte desta comunidade foi de 5,9% em maio de 2024, ficando assim ligeiramente acima dos 5,7% registados em abril.
Segundo dados da OCDE, esta aceleração deve-se, em grande parte, à subida dos preços da energia, que registaram um aumento anual de 2,5%, depois de em abril terem apresentado uma contração anual de 0,1%. “É o valor mais elevado desde fevereiro de 2023, com 24 países da OCDE a registarem um aumento dos preços”, refere a OCDE em comunicado.
Os maiores aumentos de preços da energia foram registados na Turquia, Dinamarca e Japão. “Os preços da energia na Turquia duplicaram em relação ao mesmo mês do ano anterior, devido a um efeito de base relacionado com um subsídio temporário para o gás em maio de 2023”, justificam os técnicos da OCDE.
Em Portugal, os preços dos bens energéticos registaram uma taxa homóloga de 7,8% em maio, que compara com uma subida de 7,9% contabilizados no mês anterior e com a ligeira subida de 0,3% contabilizados pela média dos 20 países da Zona Euro também em maio. Este comportamento atirou a taxa de inflação para 3,1% em maio, mais 0,9 pontos percentuais face aos 2,2% registados em abril — mas os dados mais recentes, referentes a junho, mostram uma desaceleração dos preços, com a taxa de inflação homóloga a situar-se nos 2,8%.
Os dados da OCDE mostram ainda que a inflação subjacente (excluindo energia e os bens alimentares) se manteve estável nos 6,1% entres os Estados-membros da OCDE, enquanto a inflação dos alimentos continuou a abrandar, fixando-se nos 4,8%.
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